Blog by Dani

terça-feira, junho 27, 2006

O básico do Brasil

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Admito que não acreditava que o Brasil passasse por Gana. Pelo menos, não sem levar alguns gols e mais uns catiripapos. Os tais catiripapos a seleção brasileira até levou; os gols, não.
Explico meu descrédito: até o momento, os milionários verde-e-amarelos só haviam se deparado com seleções de pouca tradição no futebol e, mesmo assim, viram-se em dificuldades.
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No primeiro jogo, suaram para fazer um mísero gol na tímida Croácia. No segundo, descabelaram-se, mas venceram os australianos. O terceiro jogo - contra o Japão - foi um caso à parte. Constatei, sem grande surpresa, que brasileiro se contenta com pouco. "Pouco?" - você deve estar se perguntando - "Mas o Brasil fez 4 gols!". Pouco, sim. Se colocarmos na balança o que se espera do Brasil e o futebol que Zico não conseguiu ensinar aos japoneses, foi uma pobreza. E não se pode esquecer que, antes de perder, a turma dos olhinhos puxados é que havia aberto o placar.
Os jogadores da seleção nipônica tinham visivelmente bem menos força física do que o time brasileiro, pouca experiência, nenhuma tradição e uma defesa capenga. Esforçaram-se, é verdade, mas ainda estão engatinhando nas artes da bola. Mesmo assim, fizeram o primeiro gol do jogo, e logo no time dos "galáticos", onde figuram num pedestal Ronaldo Fofão e Ronaldinho Gaúcho - este último praticamente inerte em campo e apagado na Copa. Por conta disso é que acho que ganhar o Japão não foi motivo para tamanha euforia. Fizeram o que deviam fazer (não ganham para isso?), mas a dita "proeza" não esteve proporcional à fama, à idolatria e à grana que recebem.
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No jogo contra Gana, achei que Ronaldo seria trucidado logo nos primeiros minutos, mas os ganenses pareciam estar de bom-humor e, apesar de alguns trambulhões, o rapaz, ainda meio rechonchudo, fez lá a sua parte.
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Kaká levou uma traulitada, mas continuou correndo. Aquele segundo gol do Adriano, sei não. O bandeirinha e o juiz dormiram no ponto naquele lance, os jogadores de Gana protestaram, mas ficou valendo.

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No terceiro, Zé Roberto fez o gol sozinho por ali, sob o olhar perdido do goleiro africano. E ainda teve aquela bola que Dida defendeu "no susto" (caso contrário, teria sido um dos maiores "frangos" já vistos na história do futebol).

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É, está dando pro gasto. É muito menos do que se esperava, mas até agora eles deram sorte.
Vamos aguardar o próximo "embate". Não custa ter esperanças de que as estrelinhas de Parreira estejam apenas sendo inoportunamente modestas, guardando todo o seu futebol para os jogos finais.

quinta-feira, junho 22, 2006

Manual do passageiro consciente


Para todos aqueles que trafegam por aí em veículos públicos, especialmente em ônibus de turismo, é recomendável que conheçam algumas regras que, embora não estejam escritas em nenhum manual, são fundamentais para que qualquer viagem, por mais curta que seja, não se torne um verdadeiro inferno. E, a menos que alguém vá viajar absolutamente sozinho em qualquer coisa que ande, é bom respeitar essas “leis” comportamentais.

Sinais de fumaça

De todas as coisas desagradáveis que podem ocorrer durante uma viagem, acho que sentir cheiro de fumaça de cigarro é a pior delas. Principalmente para quem não é fumante, como eu.
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Ao que me consta, em todos os veículos públicos é proibido fumar, mas nem todo mundo respeita isso. Em ônibus totalmente fechados, com ar condicionado, seria um pesadelo. E ninguém é obrigado a impregnar seus pulmões com a nicotina exalada por quem não se manca.

Deitando e rolando
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Tem gente que, mal se aboleta no seu assento e já vai logo inclinando a poltrona até o limite máximo. Considero uma tremenda falta de respeito.

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Primeiro, porque se outras pessoas chegarem e quiserem se sentar na poltrona de trás, encontrarão dificuldades para se acomodar, já que o folgado da frente está praticamente “deitado” no seu lugar. Se quiserem sair, vêem-se “entaladas”.
Segundo, porque o passageiro de trás pode ser alto, ter pernas longas. Com o coleguinha da frente totalmente reclinado, o de trás ficaria imprensado, e chegaria ao seu destino todo empenado.
E, terceiro, porque o cidadão da poltrona de trás pode estar lendo um jornal – coisa bastante comum em ônibus. Quando o espaçoso se recosta, joga o jornal na cara do leitor logo atrás dele. Uma falta de educação.

Ai, minha enxaqueca

Se tem uma coisa que eu não tolero é perfume forte demais. Seja em ônibus, metrô, carro, ou até mesmo em elevador. Começo a ficar nauseada, e com uma dor de cabeça insuportável. E, quando alguém excessivamente “perfumado” se senta ao meu lado ou não muito distante de mim, já posso intuir que aquela será uma viagem DAQUELAS.
Acredito que, como eu, muita gente não goste de essências fortes. (Deve-se levar em consideração também que há pessoas extremamente alérgicas a perfume, o que significaria ir se empolando estrada afora).
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Outro dia mesmo, sentou-se bem ao meu lado uma dessas mulheres que não sabem se perfumar. Parecia ter bebido um frasco inteiro de Amarige ou qualquer um desses Givenchy’s que só se usa uma gotinha à noite e olhe lá. Completamente tonta já na primeira curva, eu rezava para os santos dos narizes entupidos para que ela não se mexesse. Porque, a cada movimento da moça, minhas narinas pediam socorro. Cheguei a achar que aquele cheiro podia passar pra mim, já que meu sutil “Mamãe e Bebê” não conseguia fazer frente àquele extrato inebriante.
Saldo da história: cheguei enjoada e trôpega como um peru em dia de Natal, como se tivesse tomado um porre.
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Blá Blá Blá

Não tem nada mais chato do que sentar ao lado de um passageiro que mal pode conter a língua parada dentro da boca. Basta você se sentar, que o tipo falante já fica te encarando para, logo em seguida, entabular uma conversa in-ter-mi-ná-vel, que só terá fim na próxima rodoviária.
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É claro que há papos interessantes, que parecem até diminuir o tempo de viagem. Mas é preciso ter um certo “feeling” para perceber se o outro quer ou não falar.
Há dias em que quero ir em silêncio durante todo o percurso. Nesses momentos, nada mais inconveniente do que aquelas pessoas que ficam puxando papo e tocando no seu braço quando você desvia o olhar para a estrada.
Devo dizer que isso também me deixa ligeiramente tonta – essa coisa de ficar olhando muito tempo para a pessoa ao lado e vendo a paisagem passar atrás me dá um enjôo...
O melhor é ficar quietinho, ou falar só o necessário. Até porque, papos assim acabam incomodando também os passageiros adjacentes.

Mamãe, estou no ônibus

Em quase todas as viagens, é aquela sinfonia de celulares: na partida ou na chegada, no início, no meio ou no fim, ouço sempre vários telefones tocando, e aquelas musiquinhas irritantes se misturam o tempo todo. Quem atende geralmente fala alto, incomodando os outros, ou acordando quem estava tirando um ronquinho.
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É melhor manter o telefone no modo vibratório e, ao atender, falar num volume baixo e discreto, porque o resto do pessoal não precisa tomar parte no assunto, nem está interessado nisso.

Não dá pé

Considero um absurdo quem apóia o pé no braço da poltrona da frente. Isso porque há espaço para o passageiro viajar confortavelmente sem precisar invadir o espaço alheio, e nada justifica essa falta de urbanidade.
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Quer colocar o pé com sapato na poltrona da casa dele, ou em cima da própria cama, tudo bem - não é problema meu. Mas descansar as patas numa coisa que será usada por outras pessoas é inadmissível.
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Entre outras formas de fazer uma viagem parecer mais longa, estas são as mais corriqueiras e, talvez, as mais incômodas. E não é só nesta situação que a civilidade faz falta: faz também na rua, nos restaurantes, nos cinemas... mas isso é outra história.

domingo, junho 18, 2006

Estrelas apagadas

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Como todos sabem, eu não ligo para futebol, nem mesmo em época de Copa do Mundo. Mas assisto aos jogos do Brasil. E torço para que, ao menos neste setor, prevaleça a suposta supremacia brasileira - consagrada por nomes verdadeiramente marcantes, muito antes das atuais “estrelas” nascerem.
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Por incompetência, por incapacidade, por falta de sorte ou - o mais provável – por conta do desestímulo que seus saldos bancários provocam, o fato é que nem sempre esta reverenciada seleção mostra a que veio.
No jogo contra a Croácia, vi a seleção imprimir um ritmo preguiçoso à partida, o que, por alguma razão, lembrou a apatia que dominou o time naquela lamentável final da Copa de 98.
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Hoje, porém, apesar de ainda não estarem fazendo jus às fortunas incalculáveis que embolsam, conseguiram aproveitar lá uma ou outra oportunidade, ainda que tenham perdido outras tantas. Prevaleceram-se principalmente da ingenuidade australiana e de sua dificuldade de finalização e, no segundo tempo, procuraram driblar a defesa bruta do adversário, investindo em jogadores mais ágeis. Porque uma coisa é certa: quem é reserva em jogo de Copa está doido para entrar em campo e deixar sua marca. Principalmente quando está substituindo jogadores importantes, como o cansado e pesado Ronaldo. (E não me digam que ele NÃO está acima do peso, pois sua atuação em campo deixa a desejar: embora se esforce, não tem a mesma agilidade dos outros. Houve inclusive um lance em que perdeu a bola e chutou o ar, caindo logo em seguida).
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Ronaldinho Gaúcho, a despeito de toda a badalação em torno de seu nome, esteve apagado nas duas partidas. Surpreendentemente, os três gols contabilizados nos dois jogos vieram quase todos de talentos não tão comentados, como os de Kaká e Fred. De Adriano – forte e truculento – já havia uma certa expectativa, já que este está sempre buscando as chances para obter boas finalizações.
No geral, tenho considerado que esta está sendo uma Copa de fracas atuações e times inexperientes. Até mesmo aquelas seleções outrora temidas e vencedoras estão tendo um rendimento abaixo do esperado.
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Estas, evidentemente, são apenas impressões, porque não entendo de futebol e minhas opiniões são meras observações pessoais. E, mesmo sem querer bancar a "técnica de futebol", sei quando alguém está fazendo corpo mole ou usando salto agulha.
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sábado, junho 17, 2006

Perdemos Bussunda

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Hoje o Brasil acordou mais triste.
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Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda do humorístico Casseta & Planeta, 43 anos, faleceu na manhã deste sábado, na Alemanha, vítima de um infarto. Ele completaria 44 anos no próximo dia 25, era casado há 17 anos com a jornalista Angélica Nascimento e deixa uma filha, Júlia.
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Agora, a pergunta que não quer calar: com tanta gente ruim neste mundo, por que logo Bussunda?
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Leia a notícia completa aqui.

terça-feira, junho 13, 2006

Garotinho das trevas

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Ontem chovia a cântaros no Rio de Janeiro, por volta das 11 horas da manhã. Encontrei o Leo, que me esperava com uma rosa e um guarda-chuva enorme. Durante o almoço, decidimos ir ao cinema mais tarde, para assistir ao nada romântico A Profecia.
Andei comentando em alguns blogs que não sou fã deste tipo de filme, e de fato não gosto. Mas é que há coisas de que não quero apenas ouvir falar: quero ver para analisar, para formar minha opinião. Então, lá fomos eu e Leo ao Roxy, em Copacabana - o som de lá é poderoso, rende bons sustos em filmes deste tipo. (Curiosamente, no momento em que chegamos, não caía uma gota de chuva no bairro do Jôka; estava tudo sequinho, sequinho, felizmente).
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O cartaz do filme, afixado na entrada do cinema, avisava que havia cenas de morte, violência, suicídio e decapitação. Está bom pra você? Leo se animou (homem adora essas bizarrices, é impressionante), mas eu quase perdi o rebolado. Mas era tarde demais para desistir: adentrei a sala com o ingresso na mão, e o Suflair na outra.
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No geral, o filme é muito estranho. Como na maior parte dos filmes do gênero, a trama se passa dentro de um contexto surreal e aterrorizante, onde a qualquer momento algo de tenebroso pode acontecer. Pareceu-me uma mistura de O Exorcista (mas sem pescoços giratórios) com Premonição.
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Como o cartaz do filme prometia, houve realmente cenas de mortes horripilantes... que eu não vi. Cobria os olhos na hora H. Não queria ficar relembrando aquelas cenas depois.
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O garoto que interpreta o anticristo Damien tinha um arzinho sinistro, e se eu fosse a mãe do ator-mirim, começaria a temê-lo. Esquisitinho e demoníaco, o pirralho pouco fala durante o filme: é que seus olhos horríveis substituem as falas.
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Mia Farrow surge como a babá da criaturinha dos infernos, e provocou um berro estridente de uma mulher que estava atrás do Leo no cinema (pode-se dizer que me assustei mais com o grito da mulher do que com a cena que gerou a reação).
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Para quem gosta do gênero, é provável que leve uns bons sustos, principalmente por causa do som, que dá o clima de medo. No mais, é um "terror" como qualquer outro: criança esquisita, mortes horrendas, momentos tensos e final meio indefinido, do tipo "continua no 2".
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Aliás, a versão original de A Profecia, de 1976, teve como continuação outros 3 filmes, tendo sido a última parte criada especialmente para a TV americana.
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Veja aqui o calendário da Copa e fique por dentro dos resultados dos primeiros jogos!
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segunda-feira, junho 12, 2006

I love you como nunca iloviei ninguém

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A data surgiu em São Paulo no dia 12 de junho de 1949, numa iniciativa da loja Exposição Clíper. Foi uma adaptação do Valentine's Day americano.O publicitário João Dória, presidente de uma das grandes agências de publicidade de mundo, foi quem importou a iniciativa, e a idéia foi apoiada pelos comerciantes. No entanto, propuseram a troca da data para junho, época de baixas vendas na cidade. Foi escolhido o dia 12 por ser véspera de Santo Antônio, o santo casamenteiro.
(Fonte: Guia dos Curiosos)
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O Dia dos Namorados nada mais é do que mais uma data comercial criada para alavancar as vendas - principalmente de celulares, lingerie e DVD's, já que bombons, flores e bichinhos de pelúcia já estão mais do que manjados.
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Embora eu participe da data, deixo claro que não preciso de nenhum pretexto para amar ainda mais o meu amor, para dar-lhe um presente, ou para fazer uma comemoração especial. Simplesmente porque, para mim, todos os dias ao lado dele são especiais e dignos de infinitas comemorações.

quarta-feira, junho 07, 2006

Monstro oligofrênico

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OLIGOFRENIA s.f. (Do gr. oligos, pouco + phren, espírito) Insuficiência mental global.
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Agora estão dizendo que Suzane Von Richthofen é oligofrênica. A deficiência mental e os transtornos de personalidade são os recursos mais utilizados pelos advogados dos réus indefensáveis. Tal grau de crueldade pode realmente ser considerado um problema mental, mas que de modo algum exime o culpado do crime. No caso da macabra Richthofen, seu advogado, que é um debochado, é bem capaz de basear sua defesa em tal afirmação. Porque só mesmo um cretino ganancioso poderia aceitar defender tal criatura.
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O julgamento foi adiado por falta de uma testemunha de defesa. Algo que me intriga é haver julgamento para definir o destino de réus confessos, em que são defendidos e podem até mesmo sair impunes.
Francamente, não acredito que ela venha a ser condenada. E, se for, dou minha cara a tapa que não cumprirá nem um décimo da pena (de 60 anos). Os dois irmãos Cravinhos, estes sim, ainda irão amargar um bom tempo no xadrez, já que não dispõem dos mesmos recursos financeiros da parricida/matricida. Ela, inclusive, foi orientada a mostrar fragilidade e agir de modo infantil diante das câmeras do Fantástico - farsa que a levou novamente à prisão, para dias depois ser liberada, em regime domiciliar.
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No final das contas, ela será tachada de desequilibrada e quem pagará o pato serão os também monstruosos cúmplices, que carregarão toda a culpa do crime nas costas, como se ela jamais tivesse participado de nada. E a monstra seguirá bancando a maluca até que a esqueçam ou que passem a simpatizar com ela. Pode ser até que a convidem para participar de uma novela ou fazer uma ponta no Zorra Total.
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Na minha opinião, ela deveria perecer numa cela infecta, ou morrer esgoelada por uma detenta mais "temperamental". Porque, se para ela a vida dos próprios pais não valia nada, a vida dela, então, neste contexto, está valendo muito menos..

sábado, junho 03, 2006

Brasil, este subúrbio distante


Acho muito interessantes estes documentários sobre países europeus, mas confesso que sinto um certo pesar ao assisti-los. Não posso deixar de lamentar por vivermos num país tão incrivelmente lindo e rico, e estarmos privados de absolutamente tudo, por uma série de motivos. Minha sensação é a de que o Brasil ocupa uma posição de “subúrbio” em relação aos países desenvolvidos: longe, pobre e perigoso.
(Muitos europeus nem mesmo sabem ao certo onde se localiza o Brasil: alguns arriscam “África do Sul”, outros acreditam que a capital seja Buenos Aires.)

É claro que, não raro, aparece alguém para dizer que os países de Primeiro Mundo “não são lá essas coisas”, que lá “também tem violência”, etc. e tal. Não adianta. Lá pode ter problemas, mas que são duramente combatidos e que, no cômputo geral, não fazem do país um lugar difícil de se viver. Aqui, ao contrário, tudo contribui para que nossa vida se torne cada vez mais insegura, onerosa e complicada.
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Esta semana estava vendo no Futura um programa sobre a Finlândia. Tudo tão organizado, tão limpo, tão seguro. As pessoas pagam impostos consideráveis, mas tudo é revertido para educação e saúde de primeiríssima qualidade. Não existem universidades particulares, já que as públicas são de altíssimo nível. A educação é o fator primordial na Finlândia. O índice de analfabetismo é zero. Todas as pessoas são alfabetizadas. Todos os profissionais ganham bem, pois todas as funções são bem remuneradas. As famílias têm poucos filhos – o país inteiro tem uma população menor que a do Rio de Janeiro. O único inconveniente é o frio - rigorosíssimo em qualquer estação do ano - motivo pelo qual eu jamais moraria lá.

Mas sempre há de aparecer um espírito equivocado para dizer que, já que é assim, então neste país deve ser “tudo muito chato”. É, pode ser. Pode ser que o melhor seja viver num país repleto de favelas, com uma população inculta, com governantes ignorantes, fascínoras e corruptos. Pode ser que a graça esteja em viver com um salário de miséria, ou sem salário nenhum, já que o desemprego é algo muito corriqueiro. Talvez seja bom pagar uma tributação alta e não obter nenhum direito sobre as taxas pagas. Então me pergunto por que é que brasileiro tem mania de achar entediante tudo o que é civilizado.

Não, não sou apátrida, nem desprezo minhas origens. Não sei se saberia viver em outro país, embora ultimamente venha achando que sim.
Mas o Brasil tem problemas demais, e seu principal defeito é o primitivismo. Da população, dos costumes, dos governantes. E não se iludam: isso não tem jeito, está no DNA verde e amarelo.

Se nosso país, além de seu clima privilegiado e de sua beleza incomparável, dispusesse também de todas as vantagens – humanas e estruturais – do Primeiro Mundo, aí sim viveríamos num país perfeito. E eu ia querer ver quem seria o néscio que lamentaria por isso.
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