Blog by Dani

terça-feira, março 28, 2006

Doce cartão postal

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(Imagem de postal antigo extraída do site Alma Carioca)
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Basta olhar alguns cartões postais do Rio, e lá estará ele – imponente, sólido, destacando-se no fundo azul. É um dos símbolos maiores desta cidade repleta de características marcantes: o consagrado Pão-de-Açúcar. E não podemos deixar de citar o bondinho que nos transporta do Morro da Urca até ele, num passeio curto, mas sempre deslumbrante, seja a primeira ou a centésima vez que o fazemos.
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No aniversário do Leo, resolvemos “brincar de turista” e fazer o passeio – que de março até julho tem um desconto de 50% para cariocas, fluminenses ou moradores da cidade. Basta mostrar documento de identidade com foto ou comprovante de residência e doar 1 kg de alimento não-perecível para a campanha do Carioca Maravilha.
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Foi tudo perfeito: fez um sol legitimamente carioca, com a temperatura agradável do outono, e nós pudemos aproveitar todo aquele inebriante visual. Leme, Copacabana, Botafogo, Urca, Aeroporto Santos Dumont, Corcovado, etc. Todos os cenários integrados numa profusão de azuis e verdes em tonalidades vivas, realçados por aquele sol dourado e luminoso que só existe mesmo no Rio.
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Nas trilhas do Morro da Urca, é possível observar os sagüis saltando agilmente nos galhos das árvores: é um show à parte. São numerosos e parecem estar se exibindo para as pessoas.

A surpresa adicional ficou por conta de um incrível arco-íris - surgido entre o morro do Pão de Açúcar e o mar – coisa mesmo para encher os olhos. Um verdadeiro bônus de beleza. Provavelmente um presente de aniversário para o Leo.

E quase não podíamos conter nossa indisfarçável satisfação quando, observando a reação dos turistas ao descortinar aquela paisagem, ouvíamos as exclamações extasiadas: “My God! Oh, My God!!!”. Por pouco não explodimos de tanto orgulho: aquela admirável beleza era a nossa cidade, o nosso país, a nossa terra.
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Se você é do Rio, mas tem um certo preconceito em relação aos “programas de turista” e nunca esteve num dos principais cartões postais da sua cidade, não pode nem imaginar o que está perdendo...
Posso garantir que é algo de acelerar os mais empedernidos corações, trancar a garganta e embargar a voz. Para turistas e, principalmente, para os não-turistas.
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Só uma dica: aproveite para experimentar os sorvetes da Sorvete Brasil, que fica na própria estação, logo na entrada, à esquerda de quem entra. Adoro o de maracujá, mas a variedade de sabores é bem grande - tem de tapioca a Ferrero Rocher, além de damasco, cupuaçu, iogurte de morango... dá vontade de pedir todos!

P.S.: Com o objetivo de não tornar este texto extenso demais, ficarei devendo para uma próxima postagem curiosas histórias a respeito do Pão-de-Açúcar. Aguardem.

sábado, março 25, 2006

Filosofia de bloquinho

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Dia destes, precisando fazer uma rápida anotação, e não encontrando no local um pedaço de papel disponível, avancei sobre um bloquinho em que meu pai anota trechos interessantes de livros, frases, citações ou coisas que ouve das pessoas na rua ou com quem conversa. Há vários destes bloquinhos pela casa, além de papéis soltos dentro de livros e dicionários – cujas páginas são freqüentemente consultadas por mim e por ele. Vez ou outra, cai um papelzinho destes, e eu tomo o cuidado de colocá-lo novamente de onde escorregou, mas nunca sem antes lê-lo...

Algumas frases e trechos contêm o nome de seus autores, outros não – talvez por terem sido escritos rapidamente durante uma conversa, um programa de televisão ou qualquer outra situação em que o importante era não deixar passar aquela declaração.


Aqui estão alguns desses “achados”, rabiscados e depois passados a limpo, no mesmo bloco, com a bela letra do meu pai.

A vantagem de ser esperto é que fica fácil bancar o bobo. O contrário é muito mais difícil.

Kurt Tucholsky

Se você pensa que alguma coisa está certa só porque todos acham isso, não está pensando.

Vivienne Westwood

Antes do casamento, o homem passa noites acordado, pensando em alguma coisa que você tenha dito; depois do casamento, passa a dormir antes de você acabar de falar.

Helen Rowland

Só aquele que encara despreocupadamente as coisas com que se preocupam os homens pode preocupar-se com as coisas que os homens encaram despreocupadamente.

Chang Ch’ao

O moralista se sente deprimido ante a diferença entre o que os homens são e o que deveriam ser; o humorista encanta-se com a discrepância entre o que eles são e o que fingem ser.

Richard Needhan

Estou fortemente inclinada a garimpar outros bloquinhos...


quarta-feira, março 22, 2006

As mentiras que os homens contam

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O Brasil, desde a sua mais remota existência, parece ter uma incrível necessidade de fabricar heróis – talvez, justamente, por carecer destes – e iludir seu povo a respeito da vida e do caráter de certos personagens que fazem parte do “imaginário” popular.

Um exemplo disso, e que acompanho pela TV, é a minissérie JK, na Rede Globo, brilhantemente protagonizada por José Wilker e que chega ao fim nesta semana. O roteiro é praticamente uma ode ao “presidente bossa-nova” e - o que considero mais grave - não possui um compromisso fiel com a história e com o que de fato se passou nos bastidores de seu governo.

O que se procura mostrar nesta pseudo-biografia é um Juscelino prático, ousado, pé-de-valsa e sociável – o homem que construiu uma nova e moderna capital para o país em poucos anos, num desterro barrento nos confins do Brasil - como se ele tivesse sido um arrojado político, com idéias revolucionárias que tencionavam fazer do Brasil uma verdadeira potência.

Nos meus livros de História do ensino fundamental já havia claras referências ao esbanjamento e às suas conseqüências no governo Kubitschek, uma extravagância que nos custou muito caro – e nos custa até hoje.
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Na verdade, Brasília foi a materialização de sua imensa vaidade, e custeada com verba externa – o que, como já podem imaginar, foi o que colaborou generosamente para o aumento da impagável dívida externa brasileira, cujos juros já nascemos devendo. JK não tinha mãos a medir, e fazia empréstimos vultosos para pôr em prática a obra faraônica, mentalizada por sua megalomania, que pregava os tais “50 anos em 5”. Pode-se dizer que, de certa forma, atingiu seu objetivo: gastou em 5 anos o que se gastaria em 50.

Na minissérie, porém, Juscelino é pintado com as cores suaves da honestidade e da correção – ao contrário de Carlos Lacerda (interpretado pelo ator José de Abreu), que no mesmo programa adquiriu ares de lunático praguejador, inimigo número um do “progresso” brasileiro.
Lacerda era um homem inteligentíssimo, e enxergava longe. Anteviu tudo o que hoje se desenrola na capital, e não se intimidava com ameaças: dizia tudo o que pensava, inclusive através de seus artigos na Tribuna da Imprensa. Chegou a sofrer um atentado, cujo saldo foi um tiro no pé. Ele era uma espécie de Diogo Mainardi, só que bem mais feroz e contundente.
Infelizmente, neste país, quem enxerga demais não é rei, e ainda convive com a fama de vilão – pelo menos em minisséries da Globo.

Quando a nova capital foi finalmente inaugurada, funcionários públicos do Rio foram enviados para lá, sob novas condições salariais – a chamada dobradinha – e ganhariam o dobro de seus salários. O presidente distribuía cartórios e fazia a população acreditar que o Brasil vivia uma época de ouro, que poderia ser considerada o ápice do desenvolvimento nacional.
Ledo engano. Toda esta aparente pujança estava sendo bancada com dinheiros que não nos pertenciam e que nos enredariam para sempre numa dívida trilionária.
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Hoje, do ponto de vista político, Brasília é um viveiro de corruptos, o núcleo da bandalheira no Brasil. E ainda pagamos por sua construção – segundo a revista Veja, um bebê brasileiro já nasce devendo 5.400 reais de juros da dívida externa.

Agradeçam ao doutor Juscelino Kubitschek por isso.

sábado, março 18, 2006

Raio-X de alguém muito especial

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Hoje, dia 18 de março, é aniversário dele.

Ele, que já foi criança e se fantasiou de índio no carnaval de 1980.

Ele, que, na infância, caçava grilos em suas bucólicas férias na Terra de Marlboro.

Ele, que desde pequenininho toca violão, guitarra e – penso eu – qualquer coisa que tenha cordas.

Ele, que na adolescência causava frisson entre as menininhas da rua, mas sempre se fazia de desentendido (e aquele seu ar blasé era realmente um charme).

Ele, que já teve cabelo comprido e aparentava uma pretensa rebeldia, sem que esta jamais tenha de fato se manifestado.

Ele, que é fanático por televisão (sabe tudo sobre novelas, filmes, trilhas sonoras, programas infantis e de auditório, telejornais e até comerciais de todas as épocas – é uma verdadeira enciclopédia televisiva!).

Ele, que torce fervorosamente para o Flamengo e adora Elvis Presley.

Ele, que é tão alto que pode descansar o queixo na minha cabeça.

Ele, que eu conheço há mais de 14 anos.

Ele, que eu amo de verdade.

É para ele, portanto, que, não só nesta data como em todos os outros dias, eu desejo as melhores coisas, os melhores sonhos e as maiores realizações, e que tudo isso se faça em uma longa e felicíssima vida, o que com certeza ele terá. Pelo menos, no que depender de mim, terá.

FELIZ ANIVERSÁRIO, LEO !!!
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Cartas de amor, declarações e fotos
Tem bolo aqui hoje.

terça-feira, março 14, 2006

Leitura para a vida

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Não faz muito tempo, terminei de ler O Caçador de Pipas - um belíssimo romance do escritor afegão Khaled Hosseini - e não poderia deixar de comentá-lo aqui.

Enquanto várias pessoas disseram tê-lo lido em três dias ou menos, eu o li em oito, pois o estava “economizando”. Estava com pena que acabasse, lamentava ter de virar a última página. Mas, ao término da leitura, descobri que O Caçador de Pipas não é um livro que acaba na última linha. É o tipo de livro cuja história fica ecoando em nossa mente e em nossa alma por muito, muito tempo.
A trama acaba por nos levar a uma grande reflexão sobre amizade, culpa, redenção – dentro de um interessante contexto histórico-cultural, que serve de pano de fundo para os elementos ficcionais.

O romance é envolvente, emocionante e revelador, e possui uma narrativa simples e agradável de se ler, com todos os ingredientes para agradar diferentes tipos de leitores. O difícil mesmo é interromper a leitura – é quase impossível fechar o livro. Se a história tivesse 700 páginas, eu ainda acharia pouco. Na orelha da contracapa está a informação de que se pretende transformar a história em filme.

Enfim, O Caçador de Pipas é desses livros que sensibilizam, que marcam, que mudam alguma coisa em nós e em nossa maneira de enxergar o mundo. É, acima de tudo, um livro humano, profundamente humano – uma leitura para toda vida.

sábado, março 11, 2006

Manias maníacas

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Há uma brincadeirinha* rolando na Internet, em que as pessoas revelam 5 das suas manias. Foram os amigos de blog Soraya, e depois o Nelsinho, que me convidaram para participar. Não sou muito adepta dessas listas, mas achei que esta renderia um post bem-humorado.

Pensei que não teria muito o que escrever, mas quando fui verificar o meu inventário de manias, a lista era tão grande que foi difícil escolher só essas cinco.

E, já que estamos aqui, vamos ao que interessa...

AS CINCO MAIS:

1. Para boi dormir

Essa é, de longe, a minha maior mania e, de tão boa, nem pode ser chamada propriamente de “mania”, pois está mais para hábito – um bom hábito: ler à noite. Na verdade, leio a qualquer hora do dia, mas se não ler na cama, antes de dormir, parece que ficou faltando alguma coisa. Demoro até mais tempo para pegar no sono.

2. Cyber vício

Sou absolutamente dependente do computador e da Internet. O motivo é simples: faço quase tudo pela rede. Busco endereços, anúncios, envio currículos, leio e envio e-mails, faço downloads de músicas, vídeos, conteúdos e documentos, escrevo no meu blog, visito os blogs alheios, leio as notícias, localizo pessoas, planejo viagens e passeios, faço consultas em sites, faço compras e mais uma infinidade de coisas sem as quais já não posso mais viver.

3. Snif, snif

Sei que é ruim, e já parei com isso algumas vezes, mas tenho a mania de pingar descongestionante nasal. No inverno, eu sempre uso. No verão, também, para dar aquele fresquinho no nariz. Sempre tenho a impressão de que, se eu deitar para dormir, vou acordar com o nariz entupido. Por isso, deixo o frasco embaixo do travesseiro... (louca, louca) Será que existe algum DA (Descongestionados Anônimos)?

4. Suuuuflair...

Sempre que vou ao cinema, tenho que comprar um Suflair para comer junto com a pipoca. Eu jogo um quadradinho na boca e deixo derreter junto... é uma “diliça”. Depois rego tudo com coca light.

5. Sinistra

Prefiro estar sempre à esquerda das pessoas. Andando na rua, prefiro estar do lado esquerdo. Quando estou do outro lado, fico ligeiramente desorientada. Quando estou no banco de trás de um carro, também dou preferência ao lugar atrás do motorista. Num ônibus, prefiro a fileira da esquerda, assim como me sinto bem mais confortável quando ocupo o lado esquerdo da cama ou do sofá. Deve ser porque sou canhota. Ou neurótica mesmo. (rs)

E quem disser que não tem nenhuma mania, nem uma maniazinha sequer, com certeza estará mentindo. Como dizia o outro, “faz parte”.
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* Não convocarei ninguém especificamente a aderir à brincadeira. Aos que quiserem participar, estejam à vontade.

quarta-feira, março 08, 2006

Pretty Woman

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Se eu fosse enumerar aqui quantas mulheres inteligentes, fortes, importantes, corajosas e batalhadoras o mundo tem ou já teve, jamais terminaria este post. Digo isso porque inteligentes, fortes, importantes, corajosas e batalhadoras somos todas nós, e não apenas nos dias 8 de março de cada ano – mera data inspiradora de reflexões e consumo – mas todos os dias, em todos os momentos, de todas as formas. Mesmo por que, atualmente a presença feminina faz-se sentir expressivamente em todos os setores sociais, conquistados definitivamente ao longo dos anos.
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Parabenizo, portanto, a todas nós. Não por hoje, ou por qualquer dia específico. Mas por tudo o que, com nosso toque ao mesmo tempo forte e delicado, conseguimos transformar, mudar e melhorar, todos os dias, em todos os anos, tempos e gerações.
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Acima, à direita: a atriz Vera Fischer.

De cima para baixo, da esquerda para a direita: a senadora Heloísa Helena; a jornalista e atriz Marília Gabriela; a atriz Susana Vieira; a cantora Elis Regina; a atriz Fernanda Montenegro e a médica paranaense Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança.

segunda-feira, março 06, 2006

Os donos da estatueta

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Nem preciso dizer que algumas das premiações do Oscar surpreenderam muita gente, dada a imprevisibilidade da Academia neste ano. O Segredo de Brokeback Mountain deu com os burros n'água na categoria de melhor filme, deixando a estatueta para Crash - No Limite, coisa que nem os próprios ganhadores pareciam esperar...
Para King Kong foram reservados os prêmios técnicos, ao passo que Memórias de Uma Gueixa foi reconhecido por sua qualidade visual.
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Então vejamos quem foram os contemplados deste ano:

Melhor filme
Crash - No Limite


Melhor direção
O Segredo de Brokeback Mountain (Ang Lee)


Melhor filme estrangeiro
Tsotsi (África do Sul)


Melhor ator
Philip Seymour Hoffman, por "Capote"


Melhor ator coadjuvante
George Clooney, por "Syriana"


Melhor atriz
Reese Witherspoon, por "Johnny e June"


Melhor atriz coadjuvante
Rachel Weisz, por "O Jardineiro Fiel"


Melhor roteiro adaptado
O Segredo de Brokeback Mountain


Melhor roteiro original
Crash - No Limite


Melhor filme de animação
Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais


Direção de arte
Memórias de uma Gueixa


Fotografia
Memórias de uma Gueixa


Figurino
Memórias de uma Gueixa


Melhor documentário
A Marcha dos Pingüins


Melhor documentário de curta-metragem
A Note of Triumph: the golden age of Normal Corwin


Melhor Montagem
Crash - No Limite


Maquiagem
As Crônicas de Nárnia: o Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa


Melhor trilha sonora original
O Segredo de Brokeback Mountain (Gustavo Santaolalla)


Melhor canção
It's Hard Out Here for a Pimp, de "Hustle & Flow"


Melhor filme de animação - curta-metragem
The Moon and the Son: an imagined conversation


Melhor curta-metragem
Six Shooter


Melhor edição de som
King Kong


Melhor mixagem de som
King Kong


Efeitos visuais
King Kong

domingo, março 05, 2006

And the Oscar goes to...

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A noite do Oscar vem trazendo muitos palpites e expectativas. A pedra cantada é que O Segredo de Brokeback Mountain, por sua “sensibilidade ao abordar o tema” seja agraciado com a poderosa estatueta, assim como Rachel Weisz fature a mesma por sua atuação coadjuvante em O Jardineiro Fiel. Muito tem se comentado a respeito da indicação de melhor ator a Philip Seymour Hoffman, por Capote. Há também a possibilidade de que A Noiva Cadáver arrebanhe o prêmio de melhor animação. Enfim, feitas as apostas, só nos resta esperar pela tradicional festa da indústria cinematográfica, que acontece na noite deste domingo.

Mas, afinal, de onde surgiu e como é feita essa premiação?
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood surgiu no dia 19 de março de 1927, graças ao presidente da produtora Metro-Goldwin Mayer, Louis B. Mayer, e um grupo de 36 diretores e atores.
A expressão "the winner is..." (o vencedor é...) foi substituída pela famosa "and the Oscar goes to..." (e o Oscar vai para...) em 1989. E sabe por que isso aconteceu? Para que não os outros concorrentes não ficassem com a impressão de que eram perdedores.

[ Por que Oscar? ]

O nome oficial da estatueta é Prêmio da Academia ao Mérito, mas por que será que todo mundo o chama de Oscar?

Na entrega do prêmio em 1932, a estatueta passou a ser chamada de Oscar.
três versões para essa mudança. A mais famosa dá conta de que a bibliotecária e futura diretora executiva da Academia, Margaret Herrick, ao observar pela primeira vez a estatueta, comentou: "Nossa, parece meu tio Oscar". Ela se referia a Oscar Pierce, um fazendeiro do Texas. O crítico de cinema Sidney Skolsky ouviu a frase, publicou e o nome pegou.

Outra versão diz que o próprio Skolsky teria inventado o nome para humanizar o prêmio.

Por fim, a atriz Bette Davis reivindicou a autoria ao dizer que a estatueta era parecida com as costas do seu então marido Harmon Oscar Nelson.

O nome agradou, mas foi só em 1939 que a Academia começou a usar o nome oficialmente.

[ O troféu ]

O esboço do troféu foi concebido por Cedric Gibbons, diretor de arte da Metro, em um guardanapo de papel de uma boate em Los Angeles. Ele próprio receberia 11 estatuetas na carreira.

O tão disputado troféu do Oscar é uma estatueta de 34 centímetros, que pesa 3,85 quilos. No começo ela era feita de bronze, mas durante a Segunda Guerra Mundial sua estrutura básica passou a ser feita de gesso para economizar metal. Hoje ela é composta de 92,5% de estanho, 7,5% de cobre e é folheada a ouro 14 quilates. O custo de fabricação de cada troféu é de 150 dólares. Os vencedores assumem o compromisso de nunca vendê-los, a não ser para a própria Academia e pelo preço simbólico de 10 dólares. Mesmo assim, num leilão de 1993, o Oscar que Vivien Leigh ganhou em 1940 (pelo filme “E o vento levou...”) foi arrematado por 562 mil dólares.

[ Votação ]

A primeira entrega de prêmios aconteceu em maio de 1929 no Hotel Roosevelt de Los Angeles. No começo, as cerimônias eram almoços ou jantares em hotéis ou grandes restaurantes. Havia um pequeno detalhe: todos já sabiam do resultado! O primeiro presidente da Academia foi Douglas Fairbanks.


A escolha dos melhores filmes do ano pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é secreta, e o processo de seleção se divide em duas partes.
Na primeira, os 6.000* membros da instituição, que vão de atores e atrizes a maquiadores, escolhem cada um em sua área os cinco ou dez (dependendo do caso) melhores em sua opinião e lhes dão uma nota. A única exceção é a eleição do melhor filme, da qual todos os integrantes participam.
Para uma produção concorrer, deve ter sido exibida nos Estados Unidos, para o público pagante, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior. As cédulas com as respostas e notas são enviadas pelo correio à empresa de auditoria Price Waterhouse. A apuração é feita por computador. Para determinar o número mínimo de votos para ser indicado aos prêmios, soma-se o total de cédulas recebidas e divide-se por seis. A princípio, são levados em consideração apenas os filmes que foram as primeiras opções dos membros da Academia. Se as vagas não forem preenchidas, os segundos colocados entram no páreo.
Aí começa a segunda fase. São realizadas sessões fechadas dos indicados em Londres, Los Angeles, Nova York e San Francisco. Todos os membros assistem e então elegem os vencedores. Os nomes dos premiados, colocados em envelopes lacrados, são abertos só na noite de entrega do Oscar.
Até 1940, os jornais recebiam a lista de ganhadores antecipadamente. Assumiam o compromisso de só divulgá-la no final da noite. Um ano antes, porém, o Los Angeles Times quebrou o acordo. A partir daí, a Academia decidiu manter segredo até a abertura dos envelopes lacrados.
A Academia nunca sabe de quantas estatuetas precisará. Em 1994, encomendou 50 para serem entregues aos vencedores nas 20 categorias existentes.

*Dados de 2005

Fontes: Guia dos Curiosos e
Canal Kids

Entre aqui para ter todas as informações sobre o Oscar 2006!

Conheça também o site oficial do Oscar!


quarta-feira, março 01, 2006

No mar estava escrita uma cidade

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São 441 anos desde a sua fundação. São 441 anos desde o nascimento de uma cidade admirável, iluminada, incomparável. Uma cidade que amo, e que mais linda não poderia ser.
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O nome Rio de Janeiro surgiu por engano. Quando a primeira expedição portuguesa veio explorar a costa brasileira, eles confundiram a Baía de Guanabara com a foz de um grande rio. A data era 1 de janeiro de 1502. A cidade era habitada pelos índios tamoios, que mais tarde, se uniram aos invasores franceses. Ela foi oficialmente fundada no dia 1 março de 1565, por Estácio de Sá. A cidade recebeu o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro em homenagem ao rei de Portugal, D. Sebastião, e ao santo de mesmo nome, que se tornou o padroeiro da cidade.


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No final do século XVI a população do Rio de Janeiro e arredores era de 3.850 habitantes, sendo: 3.000 índios, 750 brancos e 100 negros. Com a chegada da família real em 1808, a cidade ganhou urbanização, com pavimentaçào de ruas, construção de um cais, iluminação com lâmpadas à óleo de peixe e medidas sanitárias.
Durante o século 19, a cidade sofreu transformações importantes:água à domicílio, rede de esgoto, construção de hospitais e cemitérios públicos, telégrafo, correios, telefone e iluminação a gás. Essas transformações tornaram possível a fixação de uma população mais numerosa.
Em 1975, com a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro a cidade se tornou a capital do Estado do Rio.

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O Rio de Janeiro é uma cidade de quatrocentos e quarenta e um anos que além de possuir uma natureza exuberante, conta com um povo conhecido internacionalmente pelo seu bom humor, espontaneidade e hospitalidade.
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No Rio também nasceu a Bossa Nova, época em que vários talentos desabrocharam nas areias culturalmente férteis da Zona Sul carioca. O ritmo – uma mistura de jazz e samba – tornou-se o símbolo da cidade, servindo de trilha sonora para a alegre e movimentada vida além-túnel. Posteriormente, músicas da Bossa Nova foram gravadas por grandes nomes como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald, transformando-se em sucessos mundialmente conhecidos.
Hoje, o Rio tem quase 6 milhões de habitantes. Tem problemas, como qualquer outra grande cidade, mas isso não assusta os turistas, que a visitam em qualquer época do ano e, principalmente no reveillon e no carnaval, períodos cuja programação é bastante intensa.
É, enfim, uma cidade que existe para ser amada, admirada e reverenciada. Sempre.


No mar estava escrita uma cidade,
no campo ela crescia, na lagoa,
no pátio negro, em tudo onde pisasse
alguém, se desenhava tua imagem,
teu brilho, tuas pontas, teu império
e teu sangue e teu bafo e tua pálpebra,
estrela: cada um te possuía.
Era inútil queimar-te, cintilavas.
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Trecho do poema “Mas viveremos”, de Carlos Drummond de Andrade.
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Para conhecer mais sobre o Rio, sua história e seus personagens:

Livros com sabor carioca:

Ela é Carioca – Uma enciclopédia de Ipanema (Ruy Castro)

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História das Ruas do Rio (Brasil Gerson)
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Rio de Janeiro vista do céu (Sergio Zalis)
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Chega de Saudade – a história e as histórias (Ruy Castro)
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Mercados do Rio de Janeiro: 1834-1962 (Samuel Gorberg)
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A onda que se ergueu no mar (Ruy Castro)

Agenda cultural:

Sempre Carioca, na Casa França Brasil, com esculturas de bronze do mineiro Wellington Fernandes, baseadas nas caricaturas do desenhista italiano Lan, que tão bem traduz em imagens a cultura carioca. (Rua Visconde de Itaboraí, 78, Centro. Quarta a domingo, 12h/20h. Grátis. Até 5 de março).

Mostra Carioca, no Espaço da Constituição. Tradicionais cartões postais ganham versões concebidas por 27 designers. (Rua da Constituição, 34, Centro. Segunda a sexta, 9h/18h. Sábado, 17h/20h. Grátis. Até 31 de maio).

Avenida Central 1905-2005: Imagens de um Brasil moderno no acervo do Instituto Moreira Salles, no Centro Cultural da Justiça Federal. A abertura da Avenida Central, atual Rio Branco, no dia 15 de novembro de 1905, é lembrada pela mostra que percorre do período da inauguração aos anos 50. (Avenida rio Branco, 241, Cinelândia. Quarta a domingo, 12h/19h. Grátis. Até 9 de abril).

Visão Panorâmica

Se você quer ter uma visão privilegiada de todos os lugares das fotos abaixo, e tem bala na agulha, faça um passeio de helicóptero. Clique aqui para ver como é.

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Cheia de encantos mil

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Não é por acaso que a cidade do Rio é chamada de "cidade maravilhosa"...
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Praia do Leme

A natureza exuberante do Jardim Botânico

O entardecer no Arpoador

Os jardins da Quinta da Boa Vista

O estádio do Maracanã

VEJA MAIS FOTOS NO POST ABAIXO!

O Rio que eu amo

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Hoje, 1º de março, é aniversário do Rio.
Deixo aqui com vocês algumas fotos desta cidade que sempre me faz tão feliz.
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Parque do Aterro do Flamengo

Lagoa Rodrigo de Freitas

O bondinho do Pão-de-Açúcar

A calçada mais famosa do Brasil

O Cristo Redentor abraça a cidade

CONTINUA NO PRÓXIMO POST (ABAIXO)...