Blog by Dani

sábado, janeiro 31, 2009

Ai, que calor!

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Dias causticantes no Rio.
Eu saio do ar condicionado super-ultra-mega congelante do meu trabalho e mergulho naquele vapor fumegante da rua. É mais ou menos como sair do Alasca e entrar no Senegal em poucos segundos. Parece que alguém ligou um secador de cabelo gigante na potência máxima sobre a cidade.
Eu detesto muito frio.
Mas também detesto muito calor.
Alguém me abana, please.

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sábado, janeiro 17, 2009

A casa no bosque

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Tenho vivido momentos complicados e estressantes no trabalho.
Problemas, responsabilidades, cobranças e pressões de todo tipo.
Quando chego em casa, parece que um elefante sentou na minha cabeça.
Eu só sinto vontade de dar uma banana para tudo o que me preocupa e fugir para um lugar distante, frio - uma casinha no bosque.
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Eu preciso de paz. Aquela paz que nos foge no dia-a-dia, e que fica se esgueirando pelos cantos, sem que possamos alcançá-la no turbilhão do cotidiano.
Eu preciso de uma cama confortável, num quarto escuro e silencioso.
Eu preciso deitar num gramado grande, verde, macio, e fechar os olhos.
Eu preciso de um jardim com muitas árvores e muitas flores.
Nunca quis tanto me esconder no meio do mato como agora.
Eu preciso de paz, definitivamente.

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sábado, janeiro 10, 2009

Preguicite

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Sabe aqueles dias em que não dá vontade de fazer nada, nadinha mesmo? E que dá preguica até de pensar? De ficar só estirada num sofá, numa cama ou em qualquer lugar macio, com os olhos fechados e a cabeça loooonge?
Hoje é um dia assim. Com o cansaço acumulado da semana, fui acometida de uma crise de preguicite aguda, e só o que eu quero é ficar de pernas para o ar, sem pensar em absolutamente na-da!

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sábado, janeiro 03, 2009

Sobre as promessas de Ano Novo

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Desde adolescente, lá pelo meado de dezembro, eu pegava uma folha de papel e escrevia em letras bem grandes: Coisas para fazer em (ano seguinte). Então listava 12 metas para o próximo ano, em ordem de prioridade. Algumas eram absolutamente improváveis e outras, extremamente ridículas. E, como se só fazer a lista já me bastasse, eu acabava relaxando e não realizando nem essas últimas. Aquela relação de sonhos, no fim das contas, transformava-se naquilo que eu deixaria de fazer durante o próximo ano. Foi assim que, no fim de 2007, decidi abolir definitivamente a tradicional listinha, e substituir todas as doze promessas por somente uma: NÃO PROMETER.
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E, por um desses mistérios insondáveis, foi justamente no ano em que prometi não prometer que tudo aconteceu, e de uma vez só. Ao que parece, o fato de me libertar das tais listas libertou também as palavras escritas nelas e as liberou para se realizarem. Durante anos, sem perceber, eu mantive meus sonhos aprisionados naqueles tópicos numerados, como se apenas o simples ato de anotá-los me eximisse de maiores esforços para concretizá-los.
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Ao me livrar desse hábito, tudo o que continha naquelas folhas de papel começou a tornar-se realidade. Ao deixar de planejar, algo permitiu que eu alterasse o meu destino. Se minha vida fosse um conto de fadas, eu diria que o feitiço foi quebrado.
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De qualquer forma, mesmo não sendo supersticiosa, decretei para mim mesma que, listas, de agora em diante, só de supermercado. Ou nem isso.

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quinta-feira, janeiro 01, 2009

Champanhe, fogos & cia.

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Todo fim de ano é a mesma coisa: quem está fora quer entrar, e quem está dentro... quer se mandar o mais rápido possível. E todo mundo pensa a mesma coisa ao mesmo tempo. Assim nascem os engarrafamentos eternos, os acidentes de trânsito e todos os desconfortos que o excesso de gente no mesmo lugar, ao mesmo tempo, pode causar.
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Na terça-feira, eu, que incorporei rapidamente os hábitos dos moradores do Rio, já estava em cólicas para deixar a cidade e tudo o que me lembrasse a tríade reveillón-multidão-confusão. Respirei aliviada quando me vi acomodada num confortável ônibus, rumo à Terra de Marlboro, naquele êxodo coletivo. Mas durou pouco. Em poucos minutos, estávamos passando em frente ao Complexo da Maré, na Linha Vermelha, onde rolava um tiroteio 'básico' de fim de ano. Eita. O que era para ser apenas mais um congestionamento de feriado, virou um show pirotécnico dos mais indesejáveis.
Vi, aterrada, os motoristas dando ré, desesperados. O ônibus era grande, e ficou um tempo atravessado na pista, tentando manobrar para voltar. A coisa ficou mais crítica quando vimos passar dois caveirões da Polícia Militar e os policiais já tomando posição, de fuzis em punho. Uia. E o ônibus atravessado na pista. Eu, que estava na janela, pulei para o meio do corredor, entre as poltronas. Não ia ser eu a 'achar' uma bala perdida. Queria muito chegar viva a 2009.
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E cheguei, como podem ver, para desejar a todos um Ano Novo maravilhoso, cheio de saúde, paz e realizações! Sem balas perdidas, nem achadas...
Um Feliz 2009 para vocês!

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