Blog by Dani

domingo, abril 29, 2007

É SOPPA!

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Na última quinta-feira, tive o prazer de finalmente assistir à Soppa de Letra, de Pedro Paulo Rangel – espetáculo idealizado, concebido e interpretado por ele, cujo talento fica ainda mais evidenciado nessa inovadora forma de fazer teatro. O versátil PP lança um novo olhar sobre a música brasileira, apresentando-a de um modo ao qual não estamos acostumados. A grande sacada do ator foi “declamar” diversas músicas do cancioneiro popular, fazendo das letras o texto de sua peça, organizadas numa seqüência temática. E o faz brilhantemente, deliciosamente, acompanhado por um trio de instrumentistas de primeira linha. Não é por acaso que o recital leva sempre quatro estrelinhas na crítica da Veja Rio. Eu seria capaz de assistir de novo, e de novo, e de novo, porque vale a pena repetir essa “Soppa”. Se você está na cidade e ainda não viu, não sabe o que está perdendo. Até dia 6, na Caixa Cultural.
Leia o blog de PP e conheça mais detalhes sobre a peça clicando AQUI.
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Fim-de-semana frio na Terra de Marlboro. Dias de chuva e vento no cocuruto da serra pedem um filminho à noite. Eu e Leo escolhemos dois: Deu a Louca na Chapeuzinho e Plano de Vôo. O primeiro, creio eu, tinha o objetivo de ser uma paródia engraçadinha, mas devo admitir que já vi melhores do gênero. Na minha opinião, outras animações, como Shrek e A Era do Gelo 1 e 2 o deixam no chinelo. Para quem prestar um mínimo de atenção nas cenas, o final não será propriamente uma surpresa. Com algumas poucas passagens risíveis – o bode e o esquilo se encarregam de não nos deixar dormir –, o resto é só computação gráfica de qualidade duvidosa.
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Plano de Vôo, suspense dirigido por Robert Schwentke, foi criticado na época de seu lançamento e exibição (2005), mas achei a história interessante, bem amarrada e com uma explicação plausível para o desfecho, apesar de omitir alguns detalhes facilmente dedutíveis. A trama se passa praticamente toda dentro de um avião e, no desenrolar da história ficamos tentando entender o que aconteceu, pois os fatos nos deixam ligados (e confusos) o tempo todo. No cômputo geral, achei o filme bom, com a tensa atuação de Jodie Foster, que encarna com competência este tipo de papel.
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Apesar dos ventinhos gelados do outono, inventei de pôr em prática meus dotes culinários e experimentar uma receita que vi no blog da Lila, o Bem Família: pudim de sorvete. A receita é simples de fazer, e o resultado é de dar água na boca. Achei o sabor parecido com pavê de bombom, uma loucura. E foi como ela disse: é uma sobremesa que “não dá nem pro cheiro”. Apesar de render bem, não dura muito...

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domingo, abril 22, 2007

Earth Day

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Vi no jornal e depois no "Gogól": hoje é o Dia da Terra. Essa mesma, que desde os primórdios nos encarregamos de tornar um lugar insuportável, e que periga nos cuspir para fora dela a qualquer momento.
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Eu até poderia começar aqui um longo discurso sobre o efeito estufa, o aquecimento global, a poluição das águas e do ar, etc e tal. Mas meus sete leitores, pessoas informadas que são, já estão carecas desse trololó. E, para ser bem sincera, esse assunto também me estressa um pouco. Só acho é que, no ponto em que chegamos, dificilmente será possível reverter os efeitos de tantos maus-tratos que nosso pobre planetinha vem sofrendo.
E pensar que o Earth Day passou a ser celebrado por causa de um americano! (O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacionalcontra a poluição. É festejado em 22 de abril e, a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.)
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O mundo está mais quente, as calotas polares estão derretendo, icebergs vagam por aí com pingüins e focas a bordo, sem saber para onde estão indo. Minha mãe teme que Copacabana seja engolida por um tsunami. Capaz mesmo.
Fala-se muito em "conscientização". Conscientização, para mim, é aquela coisa que todo mundo até tem, mas que não usa para nada.
Informação não é o que falta. O que faltou esse tempo todo e continua faltando é alguém se propor a dar uma solução que ao menos mantenha a crise ambiental estacionada.
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Quando eu era criança, ouvia a professora de Ciências dizer que era preciso cuidar do meio-ambiente, proteger os rios e florestas e controlar a emissão de gases poluentes, porque a Terra corria um grande perigo. E, vejam bem, isso foi há uns 20 anos.
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De lá pra cá, nada disso que minha professora nos transmitia a título meramente didático foi feito. Pelo contrário: a fome de dinheiro e o descaso - principalmente dos países mais ricos - só agravaram os já graves problemas. .
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Agora, nas aulas de Ciências, a recomendação deve ser outra: salve-se quem puder. Ou melhor, SE puder.
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terça-feira, abril 17, 2007

Interview

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Gente, fui entrevistada pela amiga blogueira e jornalista Maitê Mendonça, do Sur Le Divan d' Amèlie Poulain. A convite dela, participei de uma série de entrevistas feitas com outros leitores do seu blog. Adorei responder às perguntas.

Caso queiram saber o que andei falando no blog alheio, apareçam por para ver!
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sábado, abril 07, 2007

Os Infiltrados

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Há certos filmes que se prestam perfeitamente a uma mera distração, mas sem que se extraia deles nenhum conteúdo significativo. E, ultimamente, o o mundo do cinema tem se mostrado muito pouco criativo: sem surpresas e - mais do que isso - sem tramas inteligentes, que rumem a um desfecho inesperado.

Andei um bom tempo longe das telonas e até mesmo das telinhas, e só neste feriado pude finalmente assistir ao badalado vencedor Os Infiltrados, considerado a obra-prima de Martin Scorsese nesse ano, vencedor de 4 Oscars, inclusive o de melhor filme.

Francamente, não me impressionou. Durante todo o filme, aguardei pela cena surpreendente que justificaria tamanho entusiasmo mundial. Quando, ao fim daquela última - e óbvia - cena, tive a certeza absoluta de que havia perdido meu tempo. Orçado em US$ 90 milhões, a adaptação pecou pela extrema simplicidade, atingindo a mais completa falta de imaginação.

Conferiu aos personagens uma dose exagerada de ingenuidade, que eles, naturalmente, não deveriam ter - aquela cena do envelope é de uma infantilidade comovente - e, parecendo não ter argumento melhor, criou aquele final que mais parecia um começo.

As atuações dos três protagonistas são boas, não se pode negar. Jack Nicholson, como se pode presumir, leva grande parte do filme nas costas. E, ao que parece, foi com isso que Scorsese contou: elenco de primeira, interpretações brilhantes, boa fotografia e algumas passagens que ensaiavam uma reviravolta empolgante.

Mas se você é um dos poucos que ainda não assistiram ao dito cujo, não desanime por conta da minha crítica. Os Infiltrados açambarcou os quatro mais importantes Oscars, além do Globo de Ouro de melhor diretor e de outras indicações. Gosto não se discute. Vale pelo Nicholson e pelos dois moços esforçados, com certeza.

E se tiver uma pipoquinha, também ajuda.
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quarta-feira, abril 04, 2007

Coelhinho à vista

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Por mais que eu reclame dessa agitação "pré-Páscoa", não há como ficar imune a esta verdadeira caça ao chocolate. É quase uma febre: as pessoas se atropelam e se amontoam em filas imeeensas nas Lojas Americanas em busca do bendito ovo.
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Eu confesso: o chocolate é meu maior pecado. Como mesmo e como sem culpa. Culpa eu sinto é se não comer! Bom, alguém já disse, muito sabiamente, que a melhor forma de resistir a uma tentação é sucumbindo a ela. Nesse caso, assino embaixo.
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Desejo uma Feliz Páscoa à meia dúzia de gatos pingados que porventura passar por aqui!
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