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Tudo bem, eu admito: abandonei isso aqui. Mas não foi de propósito, claro que não. Foi por pura falta de tempo, assunto ou algo interessante para postar.
Já não tenho a mesma disposição de antes e nem as ideias arrumadinhas, organizadas na cabeça. Após vários acontecimentos, minha mente se transformou num local turbulento, inconstante, do qual nada sai ileso. De uns tempos para cá, nem eu me reconheço mais.
Pessoas mudam com os percalços, muito mais do que com a tranquilidade. Não crescemos enquanto estamos sendo felizes, não temos tempo para isso. Nas rebordosas da vida é que nos olhamos com mais atenção, nos analisamos mais profundamente. E dessa pesquisa interna saem a força, o conhecimento, o amadurecimento. E também muitos questionamentos. E dúvidas. E conclusões.
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Descobri que 24 horas podem parecer 15 minutos ou uma eternidade torturante, dependendo da situação em que estejamos.
Lembrei do quanto as pessoas são complexas. E do quanto eu pareço complexa para os que me cercam.
Tenho medo de mudanças, queria poder estacionar nos momentos bons.
Minhas amizades mais recentes sabem muito pouco de mim. Gosto disso.
Dei razão à uma amiga que, há vários anos, concluiu que eu pensava demais e que isso ainda iria atrapalhar a minha vida.
Acreditei em coisas que me disseram... para logo em seguida não apenas desconfiar, como desacreditar completamente.
Preciso dormir mais e comer menos.
Paixão não é para mim: sou muito suscetível.
Entendi que os relacionamentos são sempre procedimentos complicadíssimos, com os quais devemos lidar sem envolvimento excessivo.
Pude comprovar minha tese de que o Orkut é o site mais diabólico de todos os tempos.
Lamentei o Brasil ter perdido a Copa, mas não chorei, porque chorar por causa de futebol é coisa de homem.
Fiquei passada com a loucura de Bruno, o psicopata do Flamengo.
Adentrei num mundo diferente, e ainda não sei se me sinto bem nele.
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