Veneno colorido

Tartrazina. O nome é esquisito, e muito piores são seus efeitos.
Caso ainda não tenham ouvido falar, eu lhes apresento: a tartrazina é um corante amarelo, largamente utilizado em produtos alimentícios com sabor artificial, tal como gelatinas, pó para pudins, refrescos, balas, etc. Também pode ser encontrada – vejam só – em medicamentos.
Em alguns países da Europa, esta substância é proibida, justamente por ser o gatilho para diversos tipos de alergia, como urticária e asma brônquica. Nos Estados Unidos, é proibida há mais de 20 anos.
Aqui no Brasil, embora seja exigida uma advertência quanto à presença do componente, não encontrei nenhuma nos produtos que consumi recentemente, e que continham o tal corante.
Estudos também comprovaram que pessoas com intolerância ao ácido acetil salicílico (aspirina) são as mais suscetíveis a reações alérgicas motivadas pela tartrazina.

Na sexta-feira, fui acometida por uma forte crise alérgica. Começou com uma coceira incomodativa e, na manhã de sábado, acordei toda empolada. O corpo inteiro estava repleto de vergões vermelhos, em relevo, que coçavam desesperadamente. Era uma urticária das bravas.
Cheguei a ir parar no hospital, onde fui medicada com corticóide intravenoso e uma – ugh! – injeção tamanho família, que doeu pra chuchu.
Em casa, tomei outras duas, menos doloridas, que meu pai mesmo aplicou.
Estou um pouco melhor, controlando a alergia com medicamentos específicos e fazendo uma dieta desintoxicante, mas creio que seja necessário fazer um tratamento imunológico, a fim de inibir o surgimento de novas crises.
Portanto, é bom estarmos sempre atentos à composição dos alimentos, e principalmente devemos evitar corantes e aditivos em excesso, pois muitas pessoas possuem propensão a alergia e desconhecem o fato.

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