Piadas odontológicas da Terra de Marlboro
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Numa outra passagem, um paciente necessitava de prótese dentária. Meu pai estava lhe explicando os procedimentos e mostrou-lhe alguns modelos já prontos, em acrílico, para que ele tivesse uma idéia do trabalho que seria feito. O homem olhou meio desconfiado e logo em seguida saiu-se com essa:
- Doutor, me responde uma coisa.
- Pois não.
- Esses dentes aí... são de defunto?
Quando eu digo que a Terra de Marlboro é um lugar esquisito...
Meu pai, cirurgião dentista, saiu do Rio de Janeiro para aventurar-se por estas bandas na década de 70, quando ainda nem haviam inventado a roda aqui na Terra de Marlboro. Ele e minha mãe – também dentista – compraram uma loja no centro da cidade e montaram seu consultório. A clientela foi surgindo e crescendo gradativamente.
Como não poderia ser diferente, meus pais viram e ouviram coisas bastante pitorescas em seu cotidiano profissional, e algumas dessas passagens ficaram marcadas como "clássicos de consultório".
Como não poderia ser diferente, meus pais viram e ouviram coisas bastante pitorescas em seu cotidiano profissional, e algumas dessas passagens ficaram marcadas como "clássicos de consultório".
Se Marlboro já é este lugarejo primitivo em pleno século XXI, imaginem há 30 anos atrás!
Entendeu mal
Entendeu mal
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Certa ocasião, meu pai extraiu um molar de um cidadão local. Como o dente tinha três raízes, foi preciso suturar. A cirurgia fora trabalhosa, e meu pai recomendara repouso, para que não houvesse maiores complicações.
Depois disse ao sujeito, em tom de brincadeira:
- Não vá jogar futebol no fim-de-semana, hein?
E marcou uma próxima consulta para a semana seguinte, para verificar sua recuperação.
Poucos dias depois, o dito cujo aparece no consultório com a cara toda inchada:
- Dotô, o dente “tá vazando”...
Meu pai o examinou:
- Seus pontos arrebentaram, houve uma pequena hemorragia. Avisei para não fazer esforço excessivo...
- E eu não fiz, dotô! Nem joguei meu futebolzinho no domingo! Aproveitei para ajudar meu cunhado a cimentar a laje, só isso!
A cápsula
Num outro episódio memorável – e com o mesmo cara da laje – meu pai receita um antibiótico encapsulado. Marca uma consulta para a outra semana.
No dia combinado, meu pai pergunta:
- E então? Tomou os comprimidos direitinho?
- Mais ou menos, dotô. Eta remédio ruim! Ê-ê!
Meu pai não compreende:
- Ruim? Mas não tem gosto de nada...
O cara insiste:
- Tem sim! Aquele pozinho é horrível, dotô!
- Pozinho? Mas eu lhe receitei cápsulas!
O enigma então é explicado:
- Ah, dotô, eu não ia engolir aquele plástico, né?
Certa ocasião, meu pai extraiu um molar de um cidadão local. Como o dente tinha três raízes, foi preciso suturar. A cirurgia fora trabalhosa, e meu pai recomendara repouso, para que não houvesse maiores complicações.
Depois disse ao sujeito, em tom de brincadeira:
- Não vá jogar futebol no fim-de-semana, hein?
E marcou uma próxima consulta para a semana seguinte, para verificar sua recuperação.
Poucos dias depois, o dito cujo aparece no consultório com a cara toda inchada:
- Dotô, o dente “tá vazando”...
Meu pai o examinou:
- Seus pontos arrebentaram, houve uma pequena hemorragia. Avisei para não fazer esforço excessivo...
- E eu não fiz, dotô! Nem joguei meu futebolzinho no domingo! Aproveitei para ajudar meu cunhado a cimentar a laje, só isso!
A cápsula
Num outro episódio memorável – e com o mesmo cara da laje – meu pai receita um antibiótico encapsulado. Marca uma consulta para a outra semana.
No dia combinado, meu pai pergunta:
- E então? Tomou os comprimidos direitinho?
- Mais ou menos, dotô. Eta remédio ruim! Ê-ê!
Meu pai não compreende:
- Ruim? Mas não tem gosto de nada...
O cara insiste:
- Tem sim! Aquele pozinho é horrível, dotô!
- Pozinho? Mas eu lhe receitei cápsulas!
O enigma então é explicado:
- Ah, dotô, eu não ia engolir aquele plástico, né?
Numa outra passagem, um paciente necessitava de prótese dentária. Meu pai estava lhe explicando os procedimentos e mostrou-lhe alguns modelos já prontos, em acrílico, para que ele tivesse uma idéia do trabalho que seria feito. O homem olhou meio desconfiado e logo em seguida saiu-se com essa:
- Doutor, me responde uma coisa.
- Pois não.
- Esses dentes aí... são de defunto?
Quando eu digo que a Terra de Marlboro é um lugar esquisito...
11 Comments:
At 3:11 AM, Anônimo said…
Trabalhei na FIESP, há alguns séculos, e um dia veio disquetes da França, com imagens e textos, só que naquela época ainda usavam aqueles grandes de 5"1/4, a pessoa que recebeu, não tinha o drive grande, aí ela dobrou e enfiou no pequeno de 3"1/5... e saiu contando pra todo mundo que o diskete não lia...fomos até o computador dela, e vimos a proeza... Pena que não tinha essa facilidade toda de câmeras digitais... Beijo.
At 5:14 AM, Nelsinho said…
Muito engraçado!
Sentar na cadeira do dentista para mim é sessão de tortura!
E olha que sou amigo pessoal da minha destista!...
At 2:41 PM, Micha Descontrolada said…
hahah tem q rir...
te falei q meu pai mora aí, né?
beijossssssssssssss
At 2:47 PM, Leleco said…
Dani,
Histórias hilárias....rolei de tanto rir.
Essa dos "dentes de defunto" foi ótima...rs
Imagino a cara do seu pai ouvindo estes "cacos"....rs
Ótimo post...adorei mesmo...
Mil Beijões, meu amor :-)
At 3:02 PM, Anônimo said…
Olá Dani!
Muito engraçado!!! Putz, e o pior é que acontece coisa pior, se bobear.. mas é relevante! Muito engraçado, Dani! Tu é boa com textos, ein? Quando vai ter um livro sobre as "Crônicas de Consultorio"?
Boa idéia, ein?
rsrs
Bjks e desculpe a brincadeira!
Fique com deus e um ótimo fim de semana!
Sammy
At 4:56 PM, Anônimo said…
Aiiiiiiiiiiii Dani, Dani! Rs... Cada coisa né? Só rindo mesmo.
Voltei, viu?
Beijos!
At 6:38 PM, Anônimo said…
Hahahahaha é cada uma...essas histórias ficam pra posteridade, né? E pra contar no blog, claro :D
At 9:31 PM, Anônimo said…
poxa, Dani!
Isso dev ser complicado. Imagina consultório médico na terra do Malboro!
Bah, já que cimentar laje não é exercício, vou fazer isso todo dia!
At 4:13 PM, Anônimo said…
Valeu Dany,
Estes dias mesmo estive no dentista, pois foi necessário, mas aquela agulha...
Ler isso é engraçado, mas quando acontece com a gente, é complicado. rsrsrs.
Um abraço e bom final de semana
At 5:01 PM, Mr. San said…
Você me fez lembrar a Dona ***, aquela que engoliu a prótese. rss Boas histórias, Dani. Um abraço.
At 9:41 AM, Anônimo said…
Achei engraçado mesmo. Tenha uma boa semana.
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