Alvo errado

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A visita oficial do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil serviu para reforçar a relação amistosa entre os dois países e seus comandantes, mas rendeu poucos resultados em relação aos principais pleitos brasileiros no cenário internacional, o que já era esperado. Só fugiu do script idealizado pela diplomacia brasileira o desfecho do último discurso:

– O governos do hemisfério têm de ser livres de corrupção.

Foi a única referência ao tema, que gera crise em Brasília, durante a estada de menos de 24 horas no Brasil.
Não mereceu comentário de integrantes do governo brasileiro. Estes, apesar de Bush não ter manifestado apoio ao projeto do Brasil de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), fizeram um balanço “extremamente positivo” das reuniões bilaterais, expressão cunhada por Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais.

Bush concordou que o fim dos subsídios agrícolas é prioritário e poderá até impulsionar a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Ciente das restrições atuais à Alca nos países do Mercosul e na Venezuela, o presidente dos Estados Unidos apresentou uma espécie de “plano B” em encontro com jovens lideranças nacionais.

As manifestações contra a visita do presidente americano, George W. Bush, começaram ontem cedo em frente à Granja do Torto, onde ele foi recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O comboio de Bush, com 25 carros e duas limousines, chegou a passar bem perto do protesto, mas desviou e entrou pela porta dos fundos na residência oficial do presidente Lula.
Duas pessoas foram presas durante as manifestações: um suposto integrante do PT, que tentou bloquear uma das vias para a Granja do Torto, e uma mulher que tentou jogar um ovo em um dos carros da comitiva da primeira-dama, Laura Bush.
O protesto começou com 40 pessoas, mas teve reforço do P-SOL, PCB e MST, liderados pelo deputado João Batista Oliveira de Araújo (PSOL-PA), o Babá.
Segundo a Polícia Militar, 120 pessoas participaram da manifestação.

Fonte: JB Online

George W. Bush visitou o Brasil, e não sabemos ao certo o que o grande vilão americano veio fazer em terras tupiniquins. Assim como não sabemos que espécie de relação nosso pseudo presidente aspira ter com o “dono do mundo”.

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Ultimamente, Lula só tem buscado relações com governantes de pouca projeção, má aceitação ou com passado duvidoso. Fica evidente sua incapacidade para interagir com chefes de estado mais esclarecidos, mais civilizados, a fim de estabelecer alianças internacionais mais úteis e proveitosas para nosso país.

Isso também acontece pela falta de credibilidade que Lula inspira nos países desenvolvidos, principalmente após os inúmeros escândalos envolvendo seu partido e seu ministério.
A verdade é que Lula não é levado a sério. Nem poderia.

O que, na minha opinião, considerei de um exagero desnecessário, foi a forma com que os brasileiros reagiram à visita de Bush. Puseram fogo na bandeira americana, interditaram franquias do Mc Donald's. O que exatamente queriam com isso? Mostrar que estão indignados com a carnificina promovida pelos EUA, ao instaurar uma guerra sem vencedores? Ou estariam pretendendo apenas mostrar-se insatisfeitos com suas intenções e sua presença no país?
De qualquer forma, repito, foi um exagero desnecessário, especialmente se levarmos em conta que a mesma fúria contestadora ainda não encontrou meios efetivos para expurgar Lula do cargo que ocupa.
É certo que discordem da política bélica de Bush, mas julgo que seria mais sensato e lógico rebelar-se contra três anos de um governo despreparado, corrupto e inescrupuloso. Lula representa riscos reais e concretos para o Brasil, e sua total inabilidade tem caráter comprobatório.
O povo desperdiça inutilmente suas energias e sua indignação com fatores externos, e faz “vista grossa” aos assuntos concernentes ao próprio país, que deveriam se sobrepor a estas pinimbas internacionais.
Afinal, aqui também vivenciamos “guerras” diárias e sucessivas – contra o tráfico, contra a violência, contra a corrupção, contra abusos de toda ordem. Mas, para estes problemas, o brasileiro parece estar anestesiado pela resignação.