Enquanto isso, na Terra de Marlboro...
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Antes que tudo se acabe, fui com o Leo ao moribundo cinema da Terra de Marlboro.
De posse do nosso “kit básico”, contendo pipoca, Coca light e Suflair, assistimos ao filme O Virgem de 40 anos.
Filmezinho despretensioso, com uma historinha incrivelmente simples, mas que prende a atenção com seus lances divertidos. Rendeu boas gargalhadas e deu para distrair.
Na bilheteria, ficamos sabendo que o cinema será fechado em breve para reformas, e que suas dependências serão reabertas por uma outra rede de cinemas.
Preferencialmente uma que pague o aluguel em dia.
Na bilheteria, ficamos sabendo que o cinema será fechado em breve para reformas, e que suas dependências serão reabertas por uma outra rede de cinemas.
Preferencialmente uma que pague o aluguel em dia.
Peculiaridades locais
Se há uma coisa admirável aqui na Terra de Marlboro é a profusão de nomes e apelidos inacreditáveis com que freqüentemente nos deparamos.
Há os pretensamente estrangeiros, e geralmente aportuguesados, que resultam em Uosto, Maicon, Ruan, entre vários outros homófonos; há os híbridos, em que os pais mixam os seus nomes ou de parentes, com o objetivo de produzir um nome original, tal como Marley (provavelmente Marlene + Vanderley), Valdirene (Waldir + Irene?) e toda a sorte de combinações possíveis (e impossíveis também); e não podemos esquecer daqueles nomes que servem de sufixo para muitos outros (aplicam-se a este caso os versáteis – ilton, - ilson, - nete, etc.).
Mas existe também uma categoria muito popular neste nosso país de poucas letras, e que eu não poderia deixar de citar: a dos nomes errados.
Outro dia, meu pai estava no supermercado e conseguiu, com alguma dificuldade, ler o nome escrito no crachá do garoto que empacotava as compras: QUERIAVALDO.
Na minha imaginação, o que se passou foi o seguinte: o pai do rapaz, na ocasião de seu nascimento, foi ao cartório registrá-lo, e ao chegar lá, apenas respondeu à pergunta do funcionário do cartório: “Que nome o senhor quer?”. Pronto. O cara do cartório tascou a resposta inteira e ainda acrescentou o sobrenome!
Na linha geral dos improváveis, encontramos ainda um incrível Queresnilton, atendente numa loja de materiais de construção; surpreendemo-nos com um não menos exótico Chester, filho da moça que trabalha na padaria (que certamente deve adorar festejos natalinos); acostumei-me a chamar de Iolanda a minha primeira babá, cujo nome de registro era Eulândia.
Ontem, porém, fiquei na dúvida quanto a um nome, justamente por conhecer a prodigiosa criatividade dos habitantes da quase fictícia Marlboro.
Estava olhando com interesse a vitrine de uma sapataria, quando um rapazinho simpático veio me atender. Informei que estava apenas dando uma rápida espiada, mas que voltaria depois para experimentar uma sandália. Perguntei então o nome dele, para que pudesse procurá-lo quando retornasse para efetuar a compra, num outro dia. Ele então me respondeu, sorridente:
- Chantilly.
- Como???
Estou até agora sem saber se era de fato o nome dele (pois desta vez não havia um crachá onde eu pudesse conferir), ou se na verdade tratava-se de algum apelido brincalhão. Por que, pelas características étnicas do rapaz, ele estava mais era para calda de chocolate. Mas não tive coragem de perguntar... vai que era nome mesmo!
Mas existe também uma categoria muito popular neste nosso país de poucas letras, e que eu não poderia deixar de citar: a dos nomes errados.
Outro dia, meu pai estava no supermercado e conseguiu, com alguma dificuldade, ler o nome escrito no crachá do garoto que empacotava as compras: QUERIAVALDO.
Na minha imaginação, o que se passou foi o seguinte: o pai do rapaz, na ocasião de seu nascimento, foi ao cartório registrá-lo, e ao chegar lá, apenas respondeu à pergunta do funcionário do cartório: “Que nome o senhor quer?”. Pronto. O cara do cartório tascou a resposta inteira e ainda acrescentou o sobrenome!
Na linha geral dos improváveis, encontramos ainda um incrível Queresnilton, atendente numa loja de materiais de construção; surpreendemo-nos com um não menos exótico Chester, filho da moça que trabalha na padaria (que certamente deve adorar festejos natalinos); acostumei-me a chamar de Iolanda a minha primeira babá, cujo nome de registro era Eulândia.
Ontem, porém, fiquei na dúvida quanto a um nome, justamente por conhecer a prodigiosa criatividade dos habitantes da quase fictícia Marlboro.
Estava olhando com interesse a vitrine de uma sapataria, quando um rapazinho simpático veio me atender. Informei que estava apenas dando uma rápida espiada, mas que voltaria depois para experimentar uma sandália. Perguntei então o nome dele, para que pudesse procurá-lo quando retornasse para efetuar a compra, num outro dia. Ele então me respondeu, sorridente:
- Chantilly.
- Como???
Estou até agora sem saber se era de fato o nome dele (pois desta vez não havia um crachá onde eu pudesse conferir), ou se na verdade tratava-se de algum apelido brincalhão. Por que, pelas características étnicas do rapaz, ele estava mais era para calda de chocolate. Mas não tive coragem de perguntar... vai que era nome mesmo!
6 Comments:
At 11:00 PM, Anônimo said…
Adorei este post. Me acabei de tanto rir. Eulândia!? Que nome é esse? Terra do eu?
Eu vou pessoalmente perguntar ao "Chantilly" se este é seu nome realmente...pode deixar...rs
Obrigado pelo fim de semana, meu amor...
At 11:11 PM, Anônimo said…
Sobre o filme, eu adorei. Foi um filme leve e divertido.
Achei legal colocarem a música do filme "O Último Americano Virgem". Muito bem bolado.
E ver um filme ao seu lado é bom demais.
Paulo Afonso tem toda razão em falar que eu sou um homem de sorte...
Obrigado, meu amor...TE AMO!!!
At 9:02 AM, Unknown said…
Texto antológico. Merece ser salvo. É o que vou fazer, hehehe.
Imagine que ontem, logo após eu postar as fotos do gambá, um anônimo deixou uma mensagem. Acusava-me de condenar o gambá à prisão perpétua e que odiava quem prendia animais em gaiola.
Cheguei a responder, mas preferi deletar os dois comentários, o dele e o meu.
Hoje havia um outro gambazinho aqui na rua. Estava morto. Não teve a mesma sorte que este. O que salvei adora maçã. Escondeu todos os pedaços dentro da barriga do urso de pelúcia (onde ele passa o dia). Ontem, quando escureceu, saiu da toca e ficou em grande atividade pela gaiola. De longe parecia um ratinho (eca). Acho que está chegando a hora de soltá-lo.
Se demorar muito vai acabar como um bem-te-vi que achei filhotinho, caído do ninho, e que se recusa a ir embora. Eu solto, ele volta. E agora?
At 7:58 PM, Anônimo said…
Passando para mandar um oi... Há braços!!
At 9:43 AM, Nelsinho said…
O tema é mais que interessante! Principalmente porque sendo eu lusitano, sempre me perguntava o que seria pior: Gozação aqui no Brasil pela tradição daquela curta listinha de nomes Maria-Manuel-Joaquim-João-José-Antonio e suas combinações, ou a gozação em Portugal pelos nomes estapafúrdios permitidos por aqui!...
A tradição em Portugal acabou, aqueles nomes vão caindo em desuso, mas a lei há muitas dezenas de anos aprovada para evitar nomes esquisitos continua em força. Isto é: Você pode registrar seu filho com qualquer nome, desde que este exista na longa lista aprovada.
Só não concordo (acho anti-democrático), que nomes existentes em português não sejam aceites com letras não existentes no alfabeto. Exemplo: Quríamos registrar nossa netinha com o nome de Lydia e teve de ser Lidia...Enfim, resquícios!
Tirando o tema, me senti honradíssimo com a sua visita e vou passar a ser frequente do seu cantinho!
At 11:45 AM, Anônimo said…
E olha que eu acho o meu nome absurdo. Fiquei perdida nesse amontoado de meias palavras juntas para formar um nome. Espero que vc tenha uma semana maravilhosa. Abraços.
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