Quando Nietzsche Chorou
Romance psicológico – Misturando realidade e ficção, o livro nos remete aos primórdios da psicologia, quando o mundo ainda não conhecia os tratamentos para os “males da alma” e nem se sonhava com doenças psicossomáticas (aquelas que se caracterizam por sintomas físicos, mas gerados por perturbações e conflitos da própria mente).
Alguns personagens reais – que na verdade jamais se conheceram – misturam-se para produzir uma história em que os dramas pessoais se entrelaçam, a fim de se completarem e se resolverem.
É um livro longo (407 páginas), e que se torna mais longo ainda devido à monotonia de algumas passagens. Mas não se pode desmerecê-lo totalmente: é entremeado de (algumas) frases interessantes e (meia dúzia de) raciocínios inteligentes, contidos em diálogos que pretensamente andaram comparando a uma partida de xadrez. Em alguns momentos, a argumentação pode parecer demasiado técnica e fantasiosa, mas deve-se levar em consideração de que o autor Irvin D. Yalom colocou muito de seu próprio trabalho como psicanalista em seu personagem central, o Dr. Josef Breuer.
Alguns personagens reais – que na verdade jamais se conheceram – misturam-se para produzir uma história em que os dramas pessoais se entrelaçam, a fim de se completarem e se resolverem.
É um livro longo (407 páginas), e que se torna mais longo ainda devido à monotonia de algumas passagens. Mas não se pode desmerecê-lo totalmente: é entremeado de (algumas) frases interessantes e (meia dúzia de) raciocínios inteligentes, contidos em diálogos que pretensamente andaram comparando a uma partida de xadrez. Em alguns momentos, a argumentação pode parecer demasiado técnica e fantasiosa, mas deve-se levar em consideração de que o autor Irvin D. Yalom colocou muito de seu próprio trabalho como psicanalista em seu personagem central, o Dr. Josef Breuer.
.
Quando Nietzsche Chorou pode ser facilmente encontrado em todas as listas dos mais vendidos, e li críticas muito favoráveis ao romance. Eu, particularmente, não consegui me empolgar com a trama, nem com os personagens. Marquei alguns parágrafos que julguei interessantes - e foram poucos, em relação ao número de páginas.
É recomendável que se leia o livro tendo à mão um lápis, para marcar os trechos mais significativos. E que não esperem momentos de ação, revelações ou emoções fortes: o livro é lento, confuso e - por mais incrível que isso possa parecer - superficial.
.
Leia a sinopse aqui.
26 Comments:
At 12:33 PM, Mr. San said…
Acabei de perder o pouco de interesse que ainda tinha em ler o livro (meu sogro já tinha achado um saco). Abraços, Dani.
At 3:29 PM, Unknown said…
Oi, Dani! Eu dei um tempo na ficção e estou lendo "Mais Platão, menos Prozac" de Lou Marinoff. Segundo a dedicatória do livro, é "Para aqueles qe sempre souberam que a filosofia servia para alguma coisa, mas conseguiam explicar exatamente para quê". Logo nos agradecimentos, o PH.D agradece a ajuda de uma pessoa que colocou o livro em condições aceitáveis de leitura reconhecendo que os filósofos têm o irritante hábito de transformar assuntos simples em temas absurdamente complexos. O livro propõe a filosofia como uma alternativa à psicologia. Estou gostando do comecinho e (por enquanto) recomendo.
Beijo grande!
At 4:10 PM, Anônimo said…
Dani,
Eu vi algo a respeito, mas não cheguei a ler o próprio livro.
Não me interessou a tanto...
Eu queria ler outro livro que se chama o "Caçador de pipas" vc leu?
Eu o comprei para dar de presente e não li, rs.
Abs e um ótimo f.d.s.
At 7:04 PM, Anônimo said…
Oi Dani! pela sua descrição já deu pra perceber de que não vou gostar...rs...beijos e bom fim de semana!
At 8:21 PM, Micha Descontrolada said…
é o tipo de livro q não me interesso de ler..naõ sei pq, mas não me conquista.
beijossssssssss
At 11:41 AM, Leleco said…
Dani,
O pior que um livro pode oferecer é a monotonia. Eu não acredito em críticas de jornais e revistas, pois tendem a ser comerciais demais.
Eu sei quando você gosta de um livro, e mesmo antes de terminar este, sabia que não estava gostando.
Mil Beijões, amor da minha vida,
Leleco
At 3:19 PM, Jonas Prochownik said…
Dani, a coisa mais erudita que tenho lido ultimamente é a revista Vogue.
um beijo
Kristal
At 8:23 PM, Anônimo said…
Que massa deve ser esse livro, realmente, né? Eu sempre passo os olhos por ele na biblioteca, mas nunca cheguei a pegar... Abs Bah, antes de terminar, aind abem que vc não mora aqui na minha cidade. Meu prédio têm muita lagartixa, menina. Uma coisa de louco...
Abs
At 9:13 PM, Ana Julia said…
que pena... tava empolgada p/ ler, mas agora vc me desanimou... odeio livro assim muito devagar...
bjos!
At 10:59 PM, Michele said…
Então... Está em cartaz, em São Paulo, a peça com o mesmo título. Nem sei se vou. Será?
At 7:26 PM, Jonas Prochownik said…
Dani, que bom estar visitando vcs. outra vez. Beijos e boa semana pra vc. do Jonas.
At 9:01 AM, Bruna said…
Minha preferência era por ver a peça, mas amo um livro "chatinho" de ler. E sua declaração de ser "superficial" me abalou intrigantemente...Ô.o
At 10:20 AM, Alba Regina said…
oi dani. estive com estes livros nas mãos várias vezes. estou indo agora ler sua sinopse. valeu a dica! como sempre. beijo grande.
At 9:01 PM, Anônimo said…
Dani,
Eu já tinha ouvido falar que o Caçador de pipas é um bom livro mesmo, mas eu dei ele de presente?!?!
E agora se quiser ler, vou ter que comprar outro, rs.
Ótima semana!
abs
At 9:03 AM, Luci said…
vim só deixar um beijo!
dei uma olhada rápida, volto depois pra ler!
At 10:31 PM, Anônimo said…
lento, confuso, superficial, LONGO E SUPERFICIAL???????? ah ah ah ha ah ah nem aqui e muito menos em röcken!!!!!bom... mas fazer o que né...como NIETZCSHE sempre diz: " A NECESSIDADE DE ILUSAO DO SER HUMANO...me desculpe, mas...desprezivel a sua SANTA IGNORANCIA...mas por favor não pense que não respeito seu modo de ver as coisas, apenas discordo, plenamente.
At 9:24 PM, Yuri Almeida said…
Sinceramente, custa-me acreditar que esse post existe, bem como os comentários. Sua leitura e das pessoas que comentaram antes de mim deve se resumir à Revista Caras.
Cambada de gente idiota!
At 10:20 AM, Anônimo said…
Transfiro o questionamento que Nietsche fez ao Dr. Breuer a todos que leram esse livro: Você vive a vida como autor dela ou como coadjuvante? Você vive a vida que plataram para você ou a vida que você decidiu viver?
Entendo que se consequirmos responder satisfatoriamente esse questionamento a leitura desse livro já terá valido a pena.
Eu adorei tudo nele e fiquei com um gostinho de quero mais quando a leitura terminou. Tomara que o autor escreva uma continuação desse romance. Tomara!
At 9:38 PM, Anônimo said…
A opinião crítica de qualquer coisa, seja um livro, um filme, uma viagem, sobre o outro...é uma opinião PESSOAL.
Quem ainda não leu o livro, leia. Depois discuta. São apenas opiniões. Desistir só porque meia dúzia não gostou, é massacrar o livre arbítrio e se chegar a milhares de outras conclusões.
Sejam vcs, e opinem por vcs.
Não desistam pq "alguém" deu uma opinião negativa a respeito...tsc tsc.
At 4:40 PM, Anônimo said…
Interessante seu comentário sobre o livro. Mas é triste que algumas pessoas se guiem tanto pela opinião alheia. Mais triste ainda é algumas acharem que uma narrativa lenta significa o livro ser difícil ou inacessível. Infelizmente os que não têm o hábito da leitura acabam desistindo falcilmente, se alguém lhes diz que tal obra é lenta, etc. Pena, pois se privarão de grande parte dos clássicos, inclusive de obras primas como Os Irmãos Karamazovi, A Educação Sentimental, entre muitas outras.
At 9:41 AM, Anônimo said…
Cara amiga,
Muito inteligente seu comentário... é uma pena que não vivemos só de inteligência e intelectualidade... Ao chamar o livro de superficial demonstra sua própria superficialidade... Não temos que nos ater apenas nas palavras mas também nas entrelinhas. Como na música que nosso intelecto não consegue digerir, nossos sentimentos fazem o referido papel.
Um abraço
At 1:20 AM, Anônimo said…
Superficial? Ok!
A profundidade que muitos procuram não passa da percepção do toque na superfície, que é só até onde conseguem enxergar... para além, abismos sem sentido.
Natural hoje em dia, apesar de triste.
Abraços
Wagner Mello
At 1:24 AM, Anônimo said…
Em tempo...
Sugestão de um livro cuja leitura me agradou bastante: DEUS, UM DELÍRIO, de Richard Dawkins.
At 11:04 PM, Katsumi said…
Estou lendo o livro "Quando Nietzsche chorou" e estou gostando. Ele aborda alguns dos pensamentos de Nietzsche (que é o principal do livro) e deixando secundário a historinha envolvendo ele.
Realmente é necessário uma caneta marca texto para não deixar passar nada em branco. Algumas frases são perturbadoras (e eu acho isso maravilhoso) pois remetem vc à pensar. Livros ou idéias que te fazem conformistas, pra mim, não têm graça! :)
Acho que vale a pena ler... e depois (ou antes) conhecer um pouco mais desse filósofo a frente do seu tempo!
eh isso
At 4:51 PM, Unknown said…
Este comentário foi removido pelo autor.
At 7:01 PM, Anônimo said…
Este livro foi um dos mais fantásticos que lí em toda minha vida!
Relutei comigo mesmo de postar este comentário, tendo em vista que nunca o faço! Entretanto, o quiz fazê-lo em detrimento do quao especial é e será este livro para mim!
Abraços
Leandro
leandrosanchezribeiro@hotmail.com
Postar um comentário
<< Home