Síndrome de Medéia
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Que estas mães não desejavam os filhos, isto também fica bastante claro. Sabemos que isso poderia ser evitado com a prática do controle da natalidade, mas há sempre a velha desculpa da “falta de informação”, que serve de pretexto para que a promiscuidade produza filhos indesejados (de pais incertos) e abortos de risco em todos os cantos do Brasil. Desinformação não é desculpa válida, pois basta possuir uma televisão para tomar conhecimento dos métodos contraceptivos – alguns bastante difundidos, como o preservativo, por exemplo.
Até acredito que o governo não se empenhe em fornecer e possibilitar o acesso a esses métodos, mas de qualquer forma, os jovens de baixa renda parecem não se preocupar nem um pouco com isso. Falta conscientização, falta educação, falta tudo.
[Este problema é, também e em grande parte, culpado pelo acelerado e desproporcional crescimento demográfico nas classes mais pobres, gerando pessoas que, mais tarde, sem estrutura familiar, sem perspectivas e vivendo num meio absolutamente instável, poderão tornar-se delinqüentes ou mesmo criminosos. Nesta questão – a da contracepção – há a influência da religião, que ainda rege a vida e os princípios de muitas pessoas. Por trás daqueles depoimentos do tipo “tenho sete filhos porque Deus mandou”, fica a pergunta que ninguém ousa fazer: por que será que Deus só manda para quem não tem condições de criar? Mas não entremos agora em assuntos desta ordem].
Para que outras crianças não sejam encontradas em lagoas ou estacionamentos ou até mesmo sem vida, a solução não é abortar, nem parir e abandonar. É não conceber.
O noticiário diário não deixa dúvidas: os monstros e as bruxas não são apenas figuras do imaginário popular – eles existem de fato.
Os casos de infanticídio e de tentativas de assassinato cometidos pelos próprios pais (geralmente pelas mães) parecem estar se transformando numa espécie de “onda macabra”.
Uma louca, alegando depressão pós-parto, pôs a filha de dois meses numa sacola plástica e a atirou na Lagoa da Pampulha. A criança, surpreendentemente, sobreviveu e já foi adotada por uma família. Num outro caso, a mãe tentou empurrar a filha de 4 anos numa avenida movimentada. Houve ainda o episódio em que a mulher abandonou o bebê recém-nascido no estacionamento de um hospital. Sem contar os casos de espancamentos e violência, infelizmente cada vez mais freqüentes.
Barbaridades como estas vêm estampando as capas de jornal, e eu me pergunto: por quê?
Mães deveriam amar, defender, proteger. Mas ultimamente este papel tem sido substituído pelo de vilã, verdadeiras madrastas de história infantil. Que impulso é este, o de exterminar os próprios filhos?
Pode haver muitas respostas. O desequilíbrio mental é óbvio – e não estou falando de algo transitório como uma depressão puerperal – mas não pode ser considerado o único fator responsável por esta sucessão de crimes contra crianças. Este descontrole pode ser, na verdade, reflexo de uma outra situação, que tem como origem um sério problema social.
Os casos de infanticídio e de tentativas de assassinato cometidos pelos próprios pais (geralmente pelas mães) parecem estar se transformando numa espécie de “onda macabra”.
Uma louca, alegando depressão pós-parto, pôs a filha de dois meses numa sacola plástica e a atirou na Lagoa da Pampulha. A criança, surpreendentemente, sobreviveu e já foi adotada por uma família. Num outro caso, a mãe tentou empurrar a filha de 4 anos numa avenida movimentada. Houve ainda o episódio em que a mulher abandonou o bebê recém-nascido no estacionamento de um hospital. Sem contar os casos de espancamentos e violência, infelizmente cada vez mais freqüentes.
Barbaridades como estas vêm estampando as capas de jornal, e eu me pergunto: por quê?
Mães deveriam amar, defender, proteger. Mas ultimamente este papel tem sido substituído pelo de vilã, verdadeiras madrastas de história infantil. Que impulso é este, o de exterminar os próprios filhos?
Pode haver muitas respostas. O desequilíbrio mental é óbvio – e não estou falando de algo transitório como uma depressão puerperal – mas não pode ser considerado o único fator responsável por esta sucessão de crimes contra crianças. Este descontrole pode ser, na verdade, reflexo de uma outra situação, que tem como origem um sério problema social.
Que estas mães não desejavam os filhos, isto também fica bastante claro. Sabemos que isso poderia ser evitado com a prática do controle da natalidade, mas há sempre a velha desculpa da “falta de informação”, que serve de pretexto para que a promiscuidade produza filhos indesejados (de pais incertos) e abortos de risco em todos os cantos do Brasil. Desinformação não é desculpa válida, pois basta possuir uma televisão para tomar conhecimento dos métodos contraceptivos – alguns bastante difundidos, como o preservativo, por exemplo.
Até acredito que o governo não se empenhe em fornecer e possibilitar o acesso a esses métodos, mas de qualquer forma, os jovens de baixa renda parecem não se preocupar nem um pouco com isso. Falta conscientização, falta educação, falta tudo.
[Este problema é, também e em grande parte, culpado pelo acelerado e desproporcional crescimento demográfico nas classes mais pobres, gerando pessoas que, mais tarde, sem estrutura familiar, sem perspectivas e vivendo num meio absolutamente instável, poderão tornar-se delinqüentes ou mesmo criminosos. Nesta questão – a da contracepção – há a influência da religião, que ainda rege a vida e os princípios de muitas pessoas. Por trás daqueles depoimentos do tipo “tenho sete filhos porque Deus mandou”, fica a pergunta que ninguém ousa fazer: por que será que Deus só manda para quem não tem condições de criar? Mas não entremos agora em assuntos desta ordem].
Para que outras crianças não sejam encontradas em lagoas ou estacionamentos ou até mesmo sem vida, a solução não é abortar, nem parir e abandonar. É não conceber.
11 Comments:
At 5:55 PM, Leleco said…
Dani,
Concordo com você. Antes de colocar uma criança no mundo, temos de planejar. Um filho não demanda apenas carinho e amor.
Reparou que em quase todos estes casos a mãe já tinha mais de 1 filho? A que abandonou um bebê no estacionamento do hospital já tinha 5 filhos.
Isso é o retrato da ignorância do povo brasileiro e é um problema de controle de natalidade, que pode ser resolvido facilmente com ligadura de trompas nas mulheres e vasectomia nos homens.
Ótimo post, meu amor. Sempre atual e informativo.
Mil Beijões, minha linda
At 10:07 AM, Anônimo said…
Concordo com vc, na questão do planejamento..
Mas quanto a problemas mentais.. Isso é apenas falta de carater e crueldade pura!
Beijos
At 11:50 AM, Anônimo said…
É um reflexo dos problemas sócio-econômicos, comportamentais, culturais e de falta de vergonha na cara mesmo. Acho difícil encontrar justificativas. Lamentável. Abominável... mas latente.
Coisa feia mesmo, viu?
At 3:10 PM, Jôka P. said…
DANI,
sempre existiram monstros mesmo !
Hitler, por exemplo.
E a maioria do povo alemão, que concordou com aquilo tudo.
A Igreja católica, todo o clero e seus Papas, que fizeram e continuam fazendo atrocidades durante toda a história.
Eu mesmo, quando acordo, sou um monstro.
Você nem acreditaria !
Jôka P.
:)
At 3:13 PM, Jôka P. said…
Essas pobres mulheres são muito férteis, promíscuas e dadeiras.
E elas são descontroladas.
At 3:18 PM, Anônimo said…
Nossa, Dani! É um absurdo mesmo... fico chocada!
Mas concordo plenamente com você. A solução é evitar que essas pessoas fiquem grávidas. Mas, infelizmente, se depender do nosso governo, a coisa está feia... :-(
At 6:36 PM, Jonas Prochownik said…
Dani, obrigado por sua visita e pelas palavras que deixou lá.
Seu texto é muito justo e verdadeiro.
Abç,
Jonas
At 7:08 PM, Anônimo said…
Dani, acho que isso ocorre por ignorancia e estupidez do ser humano... fazer o que?
bjos!
At 11:32 PM, Micha Descontrolada said…
pois é, um verdadeiro absurdo. alguma coisa tem q ser feita, do jeito q tá não pode continuar. e parece até q virou moda, depois do caso da pampulha, aparecem outros logo em seguida, como se fosse um bom exemplo q devesse ser seguido.
beijossssssssssssss
At 11:22 AM, Jôka P. said…
O fundo musical é a quinta, né?
Perfeito !
At 6:52 PM, tarsofagundes said…
Quem menos pode é quem mais tem filhos. Triste realidade.
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