Blog by Dani

terça-feira, setembro 20, 2005

Sessão Coruja


Desde criança sou notívaga. Quando bebê, infernizava a vida dos meus pais trocando a noite pelo dia. À noite, sempre cheia de disposição e com uma energia inesgotável, ficava de pé no berço e dizia ao sonolento mais próximo: “Cocha papato e conta intória!” (traduzindo: “Calça o sapato e conta história”). Eu queria brincar, pedalar meu velocípede pela casa, sapatear pelos corredores e ouvir histórias. (Aliás, eu fazia questão de que contassem as mesmas histórias para mim inúmeras vezes, para que eu as decorasse e depois as contasse, com o livro na mão, para fingir que eu mesma as estava lendo).
A coisa só começou a melhorar quando entrei para a escola, aos 5 anos, para fazer o C.A.. Eu não trocava mais o sol pela lua, mas ainda ia dormir tarde da noite.
Na adolescência, dormia um pouco mais cedo no período de aulas, mas como todo adolescente, eu tinha um sono de chumbo, e me ressuscitar de manhã era uma batalha diária. Nas férias, minhas amigas vinham dormir aqui em casa e aí é que eu varava a noite mesmo, entre papos, risadas e cochichos. Quando conheci o Leo, aos 14 anos, nem dormia direito, tamanha a empolgação do início do namoro. E não é que no dia seguinte eu amanhecia lépida e fagueira, como se tivesse de fato caído nos braços de Morfeu?

Já nos tempos da faculdade, era obrigada a dormir mais cedo, pois acordava praticamente de madrugada para ir à aula. Mesmo assim, às vezes achava uma brechinha nas minhas tardes ocupadas de cursos para tirar uma reparadora sonequinha. E acabava indo dormir depois da meia-noite.
Mesmo tendo o que fazer no dia seguinte, meu organismo não obedece à ordem de deitar. O mais cedo que consigo é 22:30, e isso quando estou muuuito cansada.
Mas não costumo me utilizar desta peculiaridade para incursões na noite, embora numa determinada época saísse com as colegas da faculdade para discotecas e festinhas noturnas. Atualmente considero esses programas até meio entediantes. Na falta de uma programação realmente interessante, prefiro madrugar em casa mesmo: fico lendo, ouvindo música, escrevendo ou vasculhando sites na Internet e, quando vejo, já passou das duas. Não se pode dizer que o que tenho seja insônia, porque depois de uma certa hora o sono finalmente se instala e eu durmo normalmente. O meu fuso horário é que é diferente - gosto de ficar “morcegando” pela casa até sentir as pálpebras pesarem. Só então vou para a cama, leio um pouco e só quando as letrinhas começam a se embaralhar, apago a luz e “capoto” logo em seguida. Não considero isso um problema, mas tenho tentado educar meu sono, a fim de abandonar este hábito que me acompanha desde a infância. E é um pouco difícil, porque eu realmente gosto de ficar acordada umas horinhas a mais...
(Por isso não descarto a hipótese de ter sido coruja numa outra encarnação... rs)

3 Comments:

  • At 6:55 PM, Blogger Unknown said…

    Dani, pensei que você estivesse no Rio, matando as saudades. É impresionante como você parece com a minha filha, Daniela. Ela também é de agosto, do dia 27. Minhas duas filhas nasceram em agosto.

    Quando Daniela era pequena, cansei de passar noites com ela no colo. Ela não queria dormir e só queria saber de colo, para não chorar. Eu, que não sou notívago, precisava trabalhar no dia seguinte. Imagina o meu estado.

    Onde você estudou? Imagino que tenha sido no Rio de Janeiro. Foi no Chapeuzinho Vermelho? Só faltava ter sido.

    Abraços,

    Paulo.

     
  • At 7:15 PM, Blogger Dani said…

    Paulo,
    prefiro matar minhas saudades do Rio em dias de sol, pois sou a inimiga nº1 dos dias chuvosos. Esperarei o tempo melhorar um pouco.
    Só estudei no Rio na época da faculdade - o primeiro e o segundo grau eu fiz aqui mesmo na Terra de Marlboro (rs).

    Abraços!

     
  • At 5:34 PM, Anonymous Anônimo said…

    Que menininha linda na foto. Amo esta menina...
    Mil Beijões, meu amor,
    Leleco

     

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