Blog by Dani

domingo, setembro 18, 2005

Desfecho esperado


Ao entrar no site do JB por volta da meia-noite deste domingo, encontrei esta nova charge do Ique, ainda mais significativa que a de ontem. Na verdade, ela sintetiza numa só imagem tudo o que se passou desde a denúncia do mensalão, o saldo das extenuantes CPI’s, e mais o que não foi dito. Nosso “dileto” presidente utilizou-se de um estratagema muito pouco edificante para alguém na sua posição: fez-se de desentendido e esperou a poeira baixar. E fez isso ao largo do Planalto, bem longe de Brasília... e do Brasil. Manteve-se afastado o quanto pôde e, quando era visto em solo tupiniquim, só aparecia discursando como se nada estivesse acontecendo em seus domínios lá em Brasília. Sua indiferença foi algo que julguei atípico, ou até mesmo anormal. Como poderia um presidente escusar-se de tomar conhecimento e de esclarecer fatos ocorridos dentro de seu próprio partido, com a participação de gente próxima a ele, escolhida por ele?
É certo que haja muito mais imundície do que se pode supor, com uma malha de envolvidos a perder de vista. Como também é certo que ninguém será punido ou ao menos responsabilizado. Nessa leva de “inocentes” está indo o presidente que, para não ter que se retirar dignamente, preferiu fazer-se de “João-sem-braço” e sairá ileso dessa história. Este desfecho pode não ter sido o desejado, mas certamente já era esperado.



1 Comments:

  • At 4:29 PM, Blogger Unknown said…

    Dani,

    Já coloquei seu nome no texto. Assim fica melhor.

    Esse post define bem a situação. Até o Noblat, que visito diariamente, diz que o Buani é tão ou mais culpado que o Severino. Noblat afirma que "Buani corrompeu Severino; que pediu para ser corrompido". Comentei, embora ache que ele não vá ler, que ele, Noblat, não sabe o que é ser achacado. Disse: "Noblat, não viaja. Quem está com seu dinheiro investido, muitas vezes fez empréstimos, quem depende do seu trabalho para sobreviver, sente-se sem saída. Certa vez abri um negócio e o álvará não saía. O tempo passando e nada. Já imagina o que aconteceu. Se não fizesse, quem seria prejudicado? Eu. A troco de quê? Se sou roubado diariamente pelo governo!"

    Pois é. Se a vítima não cede pode ser bem pior. Querer culpar o achacado é demais.

     

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