Balanço anual
O verão parece ter chegado prematuramente. Mesmo aqui na serra, faz um calor incomum nesta época do ano. Essa cidade me asfixia. Obviamente, não por causa do calor. É um sentimento de inadequação - eu me sinto um elemento destoante da paisagem, parece que não me encaixo no cenário. Não consigo me ver aqui daqui a 5 ou 10 anos... não consigo e não quero me ver aqui, nesse lugar que parece ter sido esquecido pela civilização! Mas vou deixar para falar disso num outro dia.
Já faz 10 dias desde o meu aniversário. Uma vez, alguém me disse que o "ano astral" de uma pessoa começa na data do seu aniversário, e não no primeiro dia do ano. O que significa que cada um tem um "reveillón individual". Pois bem. Após 10 dias desse meu ano novo zodiacal, não me sinto apenas mais velha, mas com a responsabilidade de tentar transformar e mudar tudo o que me parece errado nessa minha vida fora de contexto. Essa fase "pós-aniversário" sempre me deixa meio pra baixo, porque é nessa época que, ao fazer o balanço geral, vejo que muita coisa ainda tem que acontecer...
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Recebi a convocação para trabalhar no serviço eleitoral, no dia 23 de outubro. É para aquele referendo sobre o desarmamento. Vou votar contra. Não acho certo desarmar pessoas que têm armas em casa e deixar os bandidos nos morros e nas ruas armados até os dentes, com metralhadoras, fuzis e granadas. Até tanques os meliantes devem ter! Além do mais, para quem quer matar alguém numa briga, por exemplo, não é necessário armas de fogo. Há os facões de cozinha, as machadinhas, as foices, as tesouras e, a exemplo da psicopata Suzanne von Richthofen, as barras de ferro. Por isso não concordo. Não acho que uma pessoa "de bem" assassinaria alguém durante um desentendimento só porque tem uma arma de fogo em casa. Se fez isso, é porque não é boa coisa, e essa pessoa sim, é que deveria ser retirada da sociedade, pois mataria de qualquer forma, com arma ou com outro instrumento que estivesse ao seu alcance. Para isso, seria preciso então confiscar também as Tramontinas de todas as casas do país...
O que mata é a má índole, não é a arma. Pelo menos, essa é a minha opinião.
O que mata é a má índole, não é a arma. Pelo menos, essa é a minha opinião.
2 Comments:
At 8:39 PM, Anônimo said…
Essa questão deste referendo é ridícula. Só num país como o nosso, miserável e sem cultura, para gastar dinheiro e infra-estrutura num referendo.
Já foi constatado que nos EUA, 52% da população possui armas de fogo, e que apenas 5 em cada 100.000 habitantes morrem em decorrência de disparos feitos por estas armas. No brasil, este índice de mortes por armas de fogo cresce para 50 em cada 100.000 habitantes, mas apenas 2% da população tem armas de fogo. Portanto, não há correlação entre as mortes e possuir armas de fogo.
Concordo plenamente com você, se uma pessoa quer matar alguém, mata com uma faca, um pedaço de pau, ou até mesmo com um deputado...rs
At 4:36 PM, Anônimo said…
O referendo já passou, e "ganhamos". Mas hoje descubro que fazemos aniversário perto um do outro. Leoninos, portanto. rss Um grande abraço, Dani.
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