Blog by Dani

terça-feira, agosto 29, 2006

First year

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As razões pelas quais se cria um blog podem ser inúmeras, ou nenhuma. Depende das motivações de cada um, ou até mesmo da falta delas. Mas este espaço, uma vez instalado na blogosfera, passa a ser invariavelmente um canal de comunicação com outras pessoas, outras realidades, outros blogs.
Como bem definiu o Leo, dia desses, blogs são como casas numa rua virtual, e os blogueiros, vizinhos que se visitam, opinam sobre o que os outros escrevem, trocam informações e xícaras de açúcar imaginárias.
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E foi nesta gigantesca "vila virtual" que, há 1 ano, levantei as paredes singelas deste blog. Não tinha como principal objetivo conhecer pessoas ou fazer amigos, pois nem mesmo sabia se eles um dia apareceriam. Na verdade, de início eu pretendia apenas expor opiniões e dar palpites sobre tudo, sem um padrão textual definido. Mas com o tempo, pessoas foram aparecendo, pois eu também batia na porta dos blogs e dizia: "Olha, eu sou sua nova vizinha, acabei de fazer minha casinha, e fica bem ali. Apareça para um cafezinho."
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E assim fui criando laços virtuais com pessoas reais, capazes, inteligentes, que fazem deste "bairro" um lugar muito agradável de se viver.
E hoje, na data do primeiro aniversário deste blog, quero homenagear toda essa gente bacana que freqüenta este local e que, mesmo quando não entra, dá um adeusinho do outro lado da rua e diz que passa mais tarde para bater um papo; essa gente que participa da minha vida e interage comigo diariamente, estabelecendo um interessante convívio invisível, mas significativo. Cada um é único e especial no seu modo de escrever, de pensar e de opinar, o que torna o ato de "blogar" algo rico e estimulante.
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Obrigada a todos os que me visitam sempre ou esporadicamente. Saibam que são sempre muito bem-vindos. Agora chega de discurso e vamos chegando que hoje tem bolo de novo!
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E como cortesia aos meus ilustres leitores...
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Quindins especialmente para Taia!
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Cookies no capricho para Chris!
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Bombons para o nosso glorioso Jôka!
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E mais docinhos de festa, que ninguém é de ferro.
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O bendito bolo! O primeiro pedaço é para você, você aí mesmo, vizinho de blog!
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segunda-feira, agosto 28, 2006

Mais bolo

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São tantos os aniversários neste mês do cachorro louco... só no blog da Luci são festejados uns 2 por dia, no mínimo!
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Pois bem, vamos ter outra festinha por aqui. Amanhã, dia 29, este blog aqui comemora 1 aninho. Então teremos mais bolo e mais alguns docinhos. Quem perdeu o rega-bofe do meu aniversário não precisa se sentir prejudicado, porque teremos outros comes-e-bebes. Então podem aparecer.
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Ah... e no post do meu aniversário, a musiquinha que estava no som do blog era "Dragostea Din Tei", a música original, a que o Latino fez a gentileza de estragar. É aquela coisa: o sujeito faz uma versão tão ruim, mas tão ruim, que as pessoas nem lembram mais da versão original.
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domingo, agosto 27, 2006

Os "seca-pimenteira"

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É impressionante como certas pessoas têm a capacidade de reduzir nossas energias a níveis tão rasteiros. Tornam o ambiente pesado, e em determinados momentos sentimos como se o ar pudesse ser cortado com uma faca.
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Na maior parte das vezes, sou capaz de perceber no ato quando o clima não está dos mais agradáveis. E sou extremamente sensível a estas influências. Nos dias que se seguem a algum "estresse emocional" desta natureza, fico mais pálida, mais desanimada e mais cansada. A "carga" da minha "bateria" começa a se extingüir rapidamente, e preciso de algum tempo para recuperar minhas forças internas.
Não há comprovação científica para estas "más-vibrações" emanadas por alguns indivíduos mal-intencionados, mas que elas existem, ah, isso existem.
E é fato: há gente "do mal" mesmo. Gente que provoca, voluntária ou involuntariamente, reações desagradáveis em outras pessoas. Não gosto dessa gente, quero distância - a maior possível.
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Pé-de-pato, mangalô, três vezes. Uma figa e um galhinho de arruda, por favor.
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quarta-feira, agosto 23, 2006

O Livreiro de Cabul

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Li O Livreiro de Cabul, um trabalho intrigante produzido pela jornalista norueguesa Asne Seierstad* e cujo formato se parece com o de uma extensa reportagem. O livro, de narrativa simples e agradável, é muito interessante, e vale a pena ser lido.
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Neste "documentário romanceado", ficam evidentes os sérios problemas pelos quais passaram e passam os países do Oriente Médio, com destaque para o Afeganistão, onde a coleta da maior parte das informações e histórias foi realizada. Fica bastante clara a intransponibilidade dos obstáculos que sempre fizeram do Oriente Médio um cenário de guerras e intolerância.
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Em vários momentos fiquei irritada, impressionada, incrédula. Não que eu desconhecesse as características, o modo de vida e os costumes destes povos, mas foi impossível não ficar chocada e - por que não dizer - indignada em diversas passagens do livro. A forma como as mulheres são tratadas é desumana; são como escravas, absolutamente servis, submissas e tolhidas. Anônimas sob as burcas, enxergam seu restrito mundo através de uma tela. São quase sempre proibidas de estudar e vivem uma existência praticamente nula, à parte do mundo dos homens, com quem nem sequer sentam juntas para uma refeição ou para as orações.
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O aspecto religioso e os conflitos de poder são outros aspectos abordados no livro, e que também me causaram revolta e estarrecimento. Transitando por esta realidade pós-talibã (o livro foi escrito logo após o fim do regime), vemo-nos adentrar pela realidade de uma sociedade fundamentalista, cujos preceitos soam absurdos ao nosso mundo ocidental.
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No mais, as impressões da autora - originadas a partir de relatos feitos pelas pessoas da família afegã com quem morou durante três meses - são contadas de uma forma que nos prende à leitura e nos conduz a uma reflexão mais realista a respeito da cultura islâmica.
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* ASNE SEIERSTAD nasceu em 1970. Jornalista norueguesa, é graduada em Russo e História da Filosofia pela Universidade de Oslo. Correspondente internacional, cobriu conflitos no Kosovo, Afeganistão e Iraque. Publicou With their Backs to the Wall, Portraits from Serbia.
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domingo, agosto 20, 2006

Bolo no blog!

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Hoje é meu aniversário. O único dia no ano que considero só meu, embora outras pessoas façam aniversário no mesmo dia. É o dia em que faço questão de que tudo seja alegre, iluminado e perfeito. Bom, mas chega de papo furado. Vamos entrar, que a festa aqui já começou!!!

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Gostaram da decoração?

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Canapés?

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Tem refrigerante!
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Olha o brigadeirooo!!!!
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Aceita um docinho?

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Hora do bolo!!!

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E o primero pedaço vai para... Lelecooo!!!

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Champanhe?

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Mais bebidas? Podem pegar no armário!

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Vai um olho-de-sogra?

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Que bagunça boa!
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QUERO AGRADECER A TODOS OS QUE PASSARAM POR AQUI E ME CUMPRIMENTARAM PELO MEU ANIVERSÁRIO. FOI MUITO BOM RECEBÊ-LOS NA MINHA "FESTA"!
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terça-feira, agosto 15, 2006

Vou te contar...

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Não é novidade para ninguém a minha falta de paciência para televisão, especialmente para novelas. Se vejo a das nove é porque ligaram a tv naquele horário, ou porque estava passando por ali e não tinha nada melhor para fazer. Porque ser fã de novela - principalmente se a história é tosca - eu não sou. Já gostei mais de novela, é verdade. Mas agora que a criatividade dos autores já vai longe, prefiro estar também longe da televisão na hora em que Fátima Bernardes diz o seu "boa noite". (Na verdade, eu nem assisto ao Jornal Nacional, pois não acredito mais naquele casal de Pinóquios. Prefiro o Jornal da Band.)
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Quando Páginas da Vida começou, logo de cara eu não me interessei. Houve quem dissesse que era preciso esperar pelo andamento da história, que era cedo para emitir uma opinião a respeito, etc. e tal. Pois bem. Eu esperei. Não vi todos os capítulos, nem todas as cenas dos capítulos que vi. Mas após um mês, já posso dizer que, para mim, esta é uma "página" virada. Ô novelinha chata! A música de entrada é sensacional, as trilhas instrumentais são muito boas, mas o enredo não se parece em nada com o que o há de melhor no currículo do autor. Maneco parece ter perdido a mão.
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O que são aqueles papos entre Carmem (Natália do Vale) e as irmãs? Nunca vi tantas mulheres fúteis e vazias juntas na minha televisão! Só falam de homem, sexo, filhos, besteiras de todo tipo. Será que não daria pra falar uma coisinha inteligente que fosse? Ainda falta comentar sobre Danielle Winits, naquele papel de filha-da-empregada-que-pensa-que-vai-casar-com-o-filho-do-patrão. Talvez case mesmo no fim da novela, mas até lá seguirá se oferecendo para todo mundo e entrando de bicona no meio da patronagem. Já não gosto da atriz, menos ainda do personagem.
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A histeria de Anna (Deborah Evelyn) não incomoda só ao marido e à filha. Aquilo me dá nos nervos. Mais um pouco e até eu vou começar a detestar balé. O personagem é forçado, esganiçado, tresloucado e obsessivo. Quebra o padrão de "naturalidade" que sempre foi a marca das tramas de Manoel Carlos.
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Nem citei ainda as caras, bocas e risadas escandalosas de Ana Paula Arósio, que também passa todo o tempo segurando a barriga. Nem aquele chatíssimo relacionamento de amor e ódio entre Isabel (Vivianne Pasmanter) e Renato (Caco Ciocler).
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A cara de broa amassada que Regina Duarte faz em algumas cenas é lamentável. E o tipo cafajeste de José Mayer já está mais do que batido.
A mórbida mania de matar personagens e perder dias mostrando o cadáver em todos os ângulos também está passando dos limites. E enfiar Glória Menezes e Fernanda Vasconcellos dentro de um caixão foi bizarro. Pior do que isso, só com algodão no nariz.
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Posso dizer que, na minha opinião, salvam-se as atuações de Lília Cabral e do talentoso Marcos Caruso, que é por quem ainda paro por alguns minutos na frente da tv.
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Agora, o que realmente me deixa passada é o conceito de "pobreza" de Manoel Carlos. Pelo que pude entender, quem está bem de vida mora no Leblon. Já quem anda meio pendurado, vendendo o almoço para comprar a janta - pasmem -, mora na Gávea ou em outros bairros da zona sul do Rio.
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Dia desses, a sebosa personagem de Sthefany Brito vira-se para o primo e diz: "Estou cansada de você, desse seu quarto imundo, dessa sua pobreza!!!". Numa cena adiante, ficou claro que o moço morava num apartamento de três quartos na Gávea, mesmo com o pai desempregado.
Como eu não conheço nenhum pobre que more num apartamento de três quartos na Gávea, nem mesmo de aluguel, presumo que Maneco esteja esclerosando. Principalmente depois que deixou passar aquele depoimento infame, que deixou o Brasil todo boquiaberto. Não só aquele como todos os outros depoimentos podiam ser suprimidos.
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Quando a novela termina, e aparecem aqueles quadros com cenas do próximo capítulo, vem bem a calhar o pedaço de Wave cantado por Daniel e Luiza Jobim...

domingo, agosto 13, 2006

Pai com "P" maiúsculo

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O Dia dos Pais é um dia que, assim como o das Mães, não é uma data que deva ser levada a sério. Além de ser puramente comercial, é uma "data sem data". É sempre no segundo domingo de agosto - ou seja, pode cair em qualquer dia.
Por ter tido sempre um pai muito presente, também não considero que este seja um dia propriamente especial. Afinal, todos os dias exercemos nossos papéis de filha e de pai, não necessitando de uma data específica para isso.
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Quando eu era criança, meus pais trabalhavam em dias alternados e, nos dias da minha mãe, eu ficava sempre com meu pai. Era ele quem fazia meu purê de batatas e preparava meu mingau e meu suco de laranja. Era com ele que eu passeava nesses dias. Era ele quem conversava comigo e gravava minhas gargalhadas em fitas k-7. Era ele quem me comprava livros infantis e muitas caixas de lápis de cor. E com ele aprendi a gostar de quiabo, cebola, jiló, dobradinha.
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Ainda passo muito tempo com meu pai. Estamos sempre conversando, falando sobre tudo, debatendo sobre os mais variados temas, que vão de política a literatura, de história a fotografia. Ele sempre tem assunto e opinião formada sobre tudo. Lê bastante, e gosta de analisar o que leu ou viu na televisão. Então estamos sempre comentando os fatos, racionalizando sobre as coisas.
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Hoje, devido à data comercial, eu deveria presenteá-lo. Mas na verdade foi ele quem me deu um presente muito útil, e para a vida inteira: me ensinou a ser honesta, correta, a pensar o mais sensatamente possível. E continua ensinando.

terça-feira, agosto 08, 2006

Brasil, um país de tolos

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Tenho lido em vários blogs postagens sobre a onda de violência que anda assolando São Paulo. As pessoas se perguntam, atônitas e indignadas: "Quando isso terá fim?". Eu respondo: quando Seu Lula finalmente puder respirar aliviado nas pesquisas eleitorais, quando já nem houver risco de um segundo turno entre ele e o tímido Picolé de Chuchu.
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Pois saibam, meus caros amigos, que há fortes indícios - se não certeza absoluta - de que Lula esteja de fato por trás destes violentos ataques que aterrorizam a cidade de São Paulo. Ele foi acusado publicamente pelo Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, em entrevista ao Jornal da Band, que ainda tem liberdade para levantar este tipo de questão.
A Globo, oprimida pelas dívidas e praticamente comprada pelo governo, prefere dar ênfase aos conflitos no Líbano ou tentar enredar os adversários políticos de seu credor com perguntas maliciosas. Agora, dizer a verdade a este povo tão carente de informação, Fátima e Bonner não dizem. A edição do Jornal Nacional mascara a realidade, "enfeita" o mandato e a candidatura de Lula e omite fatos importantes dos meandros da politicagem brasileira.
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No meio de toda esta sujeirada, o que se pode garantir é que, desde o começo, Seu Lula esteve por trás de tudo. Até hoje aquele assassinato do prefeito Celso Daniel não me convenceu. E a morte do perito que afirmou que o prefeito havia sofrido tortura? Também não desce. E a sabotagem à candidatura de César Maia, com aquele rolo dos hospitais? Suspeito.
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Agora vemos o PCC incendiando ônibus, matando pessoas, espalhando o medo em São Paulo - que, "por coincidência", vem a ser a capital do estado cujo governador é... Geraldo Alckmin! O mesmo que, por um acaso, andou querendo botar a cabecinha de fora nas pesquisas, esses dias. Mas Seu Lula não deixa. Seu Lula é impiedoso. Nada poderá detê-lo em sua sede de poder e de dinheiro, logo agora que está tão perto de conseguir o que deseja: afundar de vez nossa pátria amada, idolatrada, salve-salve. Sim, ele conseguirá. Porque o povo, sabe-se lá como e porquê, ainda acredita nele. E em 1º de outubro, este mesmo povo, este que ignora a face corrupta e criminosa de Lula, irá às urnas. Para dar o tiro de misericórdia neste país.
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Falha nossa: eu disse, nesta postagem, que Lula foi acusado por um presidenciável de estar envolvido nos ataques do PCC. Foi um engano. Na verdade, a acusação partiu do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho. Desculpem a nossa falha.

domingo, agosto 06, 2006

Nem pássaro, nem avião

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Só no último final de semana é que resolvi assistir a Superman - O retorno.
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E fui por causa de uma promoção louca, na qual o cinema praticamente DAVA os ingressos. Não, não tenho nada contra filmes baseados em quadrinhos de super-heróis. Não implico com o Batman, nem com o Homem-Aranha, nem com os X-Men. Mas admito olhar com desconfiança para o novo Superman.
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Isso porque, para mim, o verdadeiro Superman é e sempre será o eterno Christopher Reeve, e não há espaço para outro. Reeve era o próprio filho de Jor-El; parecia ter sido parido por uma história em quadrinhos. E tinha uma certa ternura no olhar. Quanto aos outros... meros impostores, cópias baratas do original.
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O ator atual é bonitão, não sejamos injustos. Uma mistura de Carlos Casagrande com Reynaldo Gianechinni. Beleza de rapaz. Mas aquele é Brandon Routh, não é o Superman. Portanto, não me convence.
A insossa atriz que interpretava Lois Lane (Kate Bosworth, a atriz de olhos bicolores, que no filme usa lentes castanhas) também não emplacou. Faltava vivacidade, força no olhar, sei lá. A moça não tinha nada de marcante e talvez tenha sido de propósito, para não ofuscar o pouco esperto homem de aço. Eu particularmente preferia ver neste papel a atriz Rachel Weizs (Oscar de melhor atriz por "O Jardineiro Fiel").
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E para não dizer que não vi nenhuma atuação interessante no filme, devo ressaltar que o Lex Luthor de Kevin Spacey estava ótimo (aliás, a perua que o acompanhava tinha algo de Narcisa Tamborindeghy, não sei exatamente o quê).

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Ah, sim. Os efeitos especiais também são fantásticos, mas prestando bem atenção, dá para perceber uma falhazinha aqui, outra ali. Há uma cena em que a capa dele voa freneticamente, e o cabelo da moça-sem-vida nem se move. Mas tudo bem, estão perdoados.
Embora nas versões anteriores a tecnologia cinematográfica não chegasse a tanto, a história - por incrível que pareça - me soava mais convincente. E não digo isso porque o filme é antigo e eu era criança quando o vi pela primeira vez. Eu o assisti recentemente em DVD e tive a mesma sensação. Não é pela história em si, é claro. Mas por Christopher Reeve. Ele incorporava o personagem de uma tal maneira que, mesmo vendo-o em outros papéis, não conseguia dissociar sua imagem da do Superman.
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O que eu vi, portanto, não era pássaro. Nem avião. Tampouco o Superman.

quinta-feira, agosto 03, 2006

De dar água na boca

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Aqui sempre foi a casa da Dona Formiga. Cresci vendo minha mãe fazer doces de todo tipo, para satisfazer sua permanente necessidade de açúcar (ela, aliás, sempre come a sobremesa antes do almoço. E depois também). Nossa cozinha parecia uma confeitaria a pleno vapor.
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Era doce de abóbora, cuscuz, pudim de leite, brigadeirão, cocada, papo de anjo, ambrosia, pão-de-ló, torta de maçã, cuca de banana, alitria, bom-bocado de laranja, mousse de maracujá, pavê, arroz doce, biscoitinhos e mais uma variedade incontável de acepipes irresistíveis. No Natal, faz panetones artesanais (e maravilhosos!) para presentear os amigos e os vizinhos. Um luxo só.
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Quem nos visita fica enlouquecido, pois ela expõe ao comensal todo o menu de sobremesas da casa, e diz, triunfante: "Pode escolher".
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Até eu já me arrisco a produzir alguma coisa: há quem diga que o meu bolo de nozes é divino. E que o de chocolate com cobertura derrete na boca. E que a paglia italiana é de comer ajoelhado. Se assim for, é porque alguma habilidade devo ter herdado de Mamãe Formiga.
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Apesar dessa orgia de guloseimas, ninguém na minha casa é gordinho. E minha mãe, surpreendemente, tem suas taxas de açúcar perfeitamente normais. Felizmente é assim, porque ela não passa sem os doces, embora precise controlar o colesterol.
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Ela gosta quando chegamos da rua com balas, e adora aqueles doces de padaria - mil folhas, bomba, quindim, etc. - e, na falta de alguma coisa açucarada em casa, é capaz de meter uma colher de açúcar na boca e deixar derreter com gosto...
Eu achava engraçado quando ela, odontopediatra, recomendava às crianças que não exagerassem nas balas.
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Em época de aniversário e Dia das Mães, raras vezes eu acertava no presente. Até que, de uns tempos pra cá, entendi o espírito da coisa. Dona Formiga não quer roupas, bijuterias, perfumes, nem badulaques pra enfeitar. Muito menos panelas, presente rejeitado por dez entre dez mães. O que ela quer é alguma coisa de comer. E, de preferência, que seja bem docinho. Então passei a fazer cestas, caixas ou sacos cheios de balas de caramelo, biscoitos wafer, nhá benta, bombons, paçocas e tudo o que agradaria imensamente a uma criança. Agora não erro mais.
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Aliás, por falar em aniversário e em doces, minhas primaveras se aproximam. Como sou avessa a muita badalação nesta época, dispenso a comemoração tradicional, com bolo e velas. Isso em casa, porque aqui no blog terá bolo, sim senhor! Bolo, brigadeiro, balões coloridos, como manda o figurino. Só não sei é se vai ter piscina de bolas...
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