Blog by Dani

sábado, janeiro 28, 2006

Caos no Rio

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A coisa esteve feia aqui no estado do Rio, com o forte temporal que desabou ontem por estas bandas.
O número de vítimas já chega a 12 (6 delas morreram dentro do estacionamento subterrâneo de um shopping na zona norte do Rio). Casas, lojas e ônibus foram invadidos pela água, carros foram arrastados. Muitas pessoas ficaram desabrigadas, pois houve desabamentos. Há ainda problemas no fornecimento de energia elétrica a vários municípios - o que prejudica o abastecimento de água - inclusive na Região dos Lagos.
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Segundo a Defesa Civil (que recebeu aproximadamente 200 chamados ontem), desde 1997 não se via uma chuva com conseqüências tão devastadoras.
As ruas amanheceram cobertas de lixo e lama e, de acordo com o RJ-TV, mais de 950 toneladas de lixo já haviam sido recolhidas até as 17:30 de hoje.
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Algumas praias - especialmente as da Barra da Tijuca - foram invadidas pela gigoga (vegetação que teve as barreiras de contenção rompidas pela forte correnteza causada pela chuva). Em Copacabana, abriu-se uma enorme língua negra na areia, no trecho próximo à rua Santa Clara. O banho de mar foi desaconselhado pelas próximas 72 horas.
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O aguaceiro não poupou nem a casa do Big Brother: a piscina transbordou e o alagamento encharcou os tapetes e invadiu até os quartos do reality show.
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Para obter mais detalhes sobre o temporal no estado do Rio,
leia aqui. Ou acesse o site do RJ-TV e saiba outras notícias.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Metrópole do Brasil

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Ainda que com atraso - uma tremenda falha, admito - não poderia deixar passar o aniversário de São Paulo, que foi ontem, dia 25, e comemorou com festa os seus 452 anos.
Fundada em 1554, a cidade de São Paulo é a maior metrópole do Brasil, com uma população de aproximadamente 16 milhões de pessoas, e com um importante papel no cenário industrial do país, gerando empregos e riquezas em vários setores. Parabéns a todos os paulistanos!


Para saber mais sobre a história desta cidade tão importante, clique
aqui, ou aqui.

terça-feira, janeiro 24, 2006

O metalúrgico e o cocaleiro

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Não é só brasileiro que não sabe escolher presidente.

No domingo (22), foi empossado o novo presidente da Bolívia, o índio cocaleiro Evo Morales, já conhecido por sua postura “informal”. Ao que tudo indica, ele será mais um integrante da “panelinha” formada por Fidel-Lula-Chavez, que visa a disseminação do atraso na América Latina.


Lula, como não poderia deixar de ser, deu apoio irrestrito ao “líder indígena”, oferecendo seus préstimos, inclusive como mediador entre Morales e os presidentes dos outros países da América Latina que, segundo ele, são obrigados a colaborar com a “consolidação da democracia” da Bolívia.

O Brasil pode ajudar muito. Disse a Evo que era importante que ele preparasse, não apenas para o Brasil, mas para Argentina, Venezuela e Chile, um programa de coisas que são prioridade — disse Lula. — Os presidentes dos outros países da América Latina têm a obrigação de fazer um esforço grande para que a Bolívia possa consolidar sua democracia e para que o presidente Evo possa consolidar sua democracia e governar. Temos que torcer para dar certo e é isso que vamos fazer.

(Logo ele, que não consegue ajudar nem o próprio país!)

No sábado, em entrevista ao jornal boliviano “La Razón”, Lula afirmou que era preciso estimular a Bolívia a cultivar produtos alternativos à folha de coca e abrir mercado, sobretudo no Mercosul, para a produção boliviana. E se comprometeu a transmitir a experiência do país em programas de combate à exclusão social, como o Fome Zero. “É inútil e injusto pretender simplesmente erradicar um cultivo tradicional do povo boliviano, como a folha de coca. É necessário oferecer alternativas para os camponeses viverem com dignidade e trabalhar de forma honesta”, disse Lula ao jornal.

(Transmitir a experiência de programas como o Fome Zero? Só pode ser alguma brincadeira. Quando foi que este programa existiu? Lula esqueceu de dizer que era apenas um projeto fictício, com fins puramente eleitoreiros.)

— É gratificante ver a evolução da democracia na América Latina. As forças progressistas estão ganhando as eleições em todos os países e isso só aumenta o nosso compromisso com a integração. Este tem que ser o século da América Latina. Agora é a nossa vez. E só vai acontecer se os presidentes acreditarem — disse Lula.

(O pior é se a população acreditar nos presidentes...)

No discurso de posse, Morales agradeceu o apoio de vários países, dizendo que “há solidariedade internacional”, e citou o nome de Lula:

— Obrigado, companheiro Lula, por apoiar nosso governo. Obrigado pela orientação e pelos ensinamentos.

(Definitivamente, a Bolívia está perdida.)

Fonte: Globo Online

sábado, janeiro 21, 2006

De short no Rio

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Estou com um dia de atraso para comentar a respeito do Dia de São Sebastião, que é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, e que significou um quente e ensolarado feriado nas douradas terras cariocas.

Falando em São Sebastião, acabei lembrando de uma história da infância de uma das minhas primas que, ao se deparar pela primeira vez com uma imagem do santo, perguntou:

- Mas afinal, que santo é este de short?

"É um santo muito popular no Brasil, é o padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e já deu seu nome à cidade (São Sebastião do Rio de Janeiro). Conta a lenda que, na batalha final que expulsou os franceses que ocupavam o Rio de Janeiro, São Sebastião foi visto, de espada na mão, entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os franceses calvinistas, e o dia da batalha coincidiu, exatamente, com o dia do santo, celebrado no dia 20 de janeiro. São Sebastião é o protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra."
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São Sebastião é também o patrono dos gays.
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(Durante toda a Idade Média, os sodomitas, como chamavam os gays, cultuavam São Sebastião como sendo um santo gay. Ele teria vivido no século IV depois de Cristo e teria sido amante do imperador Diocleciano, tendo sido martirizado ao converter-se ao Cristianismo. Muitos autores antigos, inclusive Oscar Wilde e Garcia Lorca, também levantam a hipótese de que São Sebastião teria sido homossexual. Há até um filme em que se presume a homossexualidade do santo, de modo que existe uma tradição na história dos homossexuais que indica São Sebastião como seu patrono).

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Eterno e incondicional

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Dentre os meus milhares de projetos – que eu levaria uns 200 anos para realizar – está o de ter um filho. Loucura absoluta pensar nisso num momento complicado como o que vivo atualmente, mas nada me impede de apenas desejar uma criança, ainda que a maternidade, no meu caso, seja um projeto a médio prazo.
Minha sorte é que nos últimos tempos a medicina evoluiu muito, e creio ainda estar apta para a maternidade aos 40 anos, época em que acredito já ter alcançado uma certa estabilidade na vida. Um filho – planejado cuidadosamente -, como se sabe, dá trabalho e despesas descomunais.

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Enquanto bebês, os gastos maiores são com enxoval, milhares de fraldas, alimentação, remédios, médico, babá ou coisa que o valha, brinquedos, etc. E, é claro, toda a nossa atenção e carinho, que daremos sempre e incansavelmente.
Quando já são crianças maiores, além das roupas, alimentação, remédios, médico e brinquedos, há que se pensar numa boa escola, que garanta uma excelente educação. Em casa, procuramos dar-lhes bons exemplos e estimulá-los a ler, a pensar, a ser educados e a resolver seus problemas.
Na adolescência, lidamos com todos os seus conflitos próprios da fase pela qual estão passando, além de continuar lhes fornecendo as mesmas coisas: escola (e outros cursos), alimentação, roupas, possivelmente uma mesada, etc. E tome paciência, e tome amor. E visamos dar-lhes educação superior, para que tenham maiores oportunidades no futuro (embora no Brasil o mar não esteja para peixe).
Quando adultos, devemos ajudá-los em suas decisões, seja ouvindo e opinando, ou simplesmente apoiando. Muitos pais aceitam seus filhos de volta em casa, após casamentos fracassados ou em situações de instabilidade financeira.
Como se vê, é um investimento pesado e vitalício em uma pessoa – que eu estaria disposta a fazer, caso tivesse condições para isso.

Afinal, ter um filho demanda muitos gastos e muitas responsabilidades – para sempre.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Abrindo portas

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Neste início de ano, não fiz pedidos para 2006.
Não que eu tenha deixado de desejar certas coisas, mas não elaborei listas de objetivos, nem formulei planos excessivamente audaciosos. Acho que isso não dá muito certo. O que realmente funciona é a atitude, a ação. É claro que nem sempre os esforços são recompensados, pois uma série de fatores deve ser levada em consideração, como por exemplo, a situação do país, que conspira contra a minha própria situação. São coisas sobre as quais não temos muito controle, é verdade. Mas qualquer ação, ainda que não obtenha os resultados desejados, é certamente melhor do que ação nenhuma.
Metaforicamente, até o momento tenho visto meus sonhos por uma janela, mas não tenho uma porta para abrir e finalmente vivenciá-los.
Desejo, portanto, que 2006 seja um ano de concretizações, e não de sonhos. Um ano de produtividade, e não de estagnação. De luta, e não de apatia.
Sei que o que recebemos de mão beijada, por melhor que seja, parece ter menor valor do que aquelas coisas pelas quais temos que lutar muito. E por isso acredito que, quando eu finalmente alcançar o que almejo, darei às minhas conquistas um valor inestimável, intransferível, imensurável. Saberei quanto tempo passei trabalhando na realização daquele sonho, quantas noites passei pensando num modo de torná-lo verdadeiro e terei a exata noção de sua importância.
Pensando bem, tenho um desejo para este ano, sim. Aspiro encontrar e abrir aquela bendita porta, ou, pelo menos, poder girar a maçaneta.

domingo, janeiro 08, 2006

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo...

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Quando eu era criança, gastava toneladas de papel e caixas e mais caixas de lápis coloridos. Escrevia, desenhava e pintava o dia inteiro, principalmente nas férias, quando meus afazeres escolares não brecavam minhas “manifestações artísticas”.
Meu pai não saía da papelaria, comprando centos de papel, cadernos de desenho e lápis, hidrocores, guaches e pincéis, que eu consumia vorazmente, assim como vários livros.
Em frente ao consultório dos meus pais havia uma livraria, a “Ponto de Encontro”. Eu ia pra lá e ficava a tarde inteira sentada entre as prateleiras dos livros, lendo, como se estivesse em uma biblioteca. Os donos não se incomodavam, porque geralmente eu comprava os livros que lia – para ler de novo outras vezes. Eu acreditava – e ainda acredito – que a cada nova leitura, encontram-se novos detalhes não detectados na primeira vez.

Com aproximadamente sete anos, passei a escrever histórias e ilustrá-las. Meu acervo infantil contava com vários “volumes”. Fazia versinhos e poesias encomendados pela vizinhança. Enveredei também pelo mundo dos quadrinhos, onde criei diversos personagens, inspirados principalmente nos meus amiguinhos aqui da rua e da escola. Nessa época, desenhava e pintava alucinadamente e não havia papel que chegasse.
E foi com horror que minha mãe encontrou, um dia, as paredes branquinhas, recém-pintadas dos fundos do seu consultório, amplamente grafitadas com caneta Bic. Pelo visto, naquele dia me faltou papel, e eu achei que mamãe ficaria feliz em ter suas paredes decoradas com minha “arte” – no sentido duplo. Não ficou.

Anos mais tarde, fui estudar Publicidade & Propaganda, visando me profissionalizar nas coisas que fiz a vida inteira: desenhar, escrever, criar. Mas, em pouco tempo, descobri que isso nem sempre dava dinheiro, e que eu não poderia me dar ao luxo de trabalhar apenas pelo “prazer da profissão”. Afinal, publicitário também tem que comer e pagar contas.
Lembrei-me então das palavras proféticas do meu pai, enxergando-me atrás das resmas de sulfite:
- Vai ser tabeliã.
Ele tinha razão. Hoje em dia, meu destino realmente parece ser o serviço público ou afins. Sempre adorei papéis, mas não exatamente no sentido burocrático. Acontece que não encontro opções, e nem sei se seria assim tão competente para fazer atualmente o que fazia em escala industrial quando criança. Ao que parece, minhas ambições artísticas e literárias foram deixadas de lado em nome das mais básicas necessidades humanas.
Então estudo apostilas chatíssimas, leis entediantes, parágrafos e incisos intermináveis, martelados incessantemente na cabeça, para ver se ficam. Tudo pela estabilidade financeira e profissional de um emprego do governo.
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Deixei de desenhar há algum tempo, quando as esperanças também começaram a me abandonar. Meus dois últimos desenhos foram um auto-retrato e um retrato da minha mãe, feitos com lápis preto Koh-I-Noor.
Agora, raramente desenho, mas continuo escrevendo. Inclusive, foi por esta razão que “fundei” o blog – para brincar um pouco de redatora e expor meus pontos de vista.
Mas ainda olho cobiçosamente para aquelas caixas de lápis aquareláveis da Faber-Castell...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Cenários cariocas (para inglês ver)

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No Natal, presenteei meu pai com o livro/ álbum Rio de Janeiro vista do céu, com fotos de Sergio Zalis.
O livro é dividido por bairros, e seus principais pontos podem ser vistos de cima, como numa maquete urbana, já que as fotos foram feitas de um dirigível.
Este projeto foi realizado também em outras grandes cidades do Brasil, como São Paulo e Porto Alegre. É uma maneira de conhecermos as cidades como se estivessem “na planta”, além de ser divertido localizar os lugares que conhecemos e por onde andamos.
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Meu pai está aproveitando bastante o livro – ele, carioca nascido e criado no centro do Rio, cidade que conhece como a palma de sua mão, tem estado ocupado localizando seus cantos e recantos, e constatando as mudanças urbanísticas feitas ao longo dos anos, pois o livro traz ainda fotos bem antigas para serem comparadas com as atuais. Há também lindas imagens do litoral carioca, mostrando suas cores vivas e seus contornos deslumbrantes.
É um trabalho primoroso, que agrada principalmente aos cariocas apaixonados pela cidade, e muito provavelmente aos turistas que visitam o Rio de Janeiro. Os textos introdutórios e explicativos estão em duas colunas – uma em português e outra em inglês, para que também os estrangeiros levem para seus países as melhores imagens da cidade maravilhosa (embora as belíssimas fotografias dispensem palavras).
Além da beleza do livro – do qual também estou usufruindo – o mais gratificante foi ver a alegria do meu pai ao receber o presente, que quis comprá-lo desde o lançamento, mas sempre deixava para depois. Fiquei feliz por poder lhe dar o livro e, principalmente, por lhe proporcionar a empolgação de recebê-lo.

domingo, janeiro 01, 2006

Feliz 2006!

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A chegada de 2006 foi comemorada com festa e queima de fogos em vários cantos do mundo. Queria eu ter a capacidade de me materializar em cada um destes lugares, para poder acompanhar de perto a explosão de cores e a energia das pessoas. Neste ano, contentei-me em estar na "Terra de Marlboro" cercada pela família, onde estouramos o espumante e encaramos mais uma mesa inteira de guloseimas engordativas - mas irresistíveis.
Destaque para o meu recém-inventado "bolo de Ano Novo", que fez sucesso entre os comensais! Já comecei o ano aprimorando meu dotes culinários...
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Fotos da festa pelo mundo afora:.

Rio de Janeiro

Londres

Cingapura

Kuala Lumpur

Los Angeles

Desejo a todos um Feliz 2006!